Vejo espaço para uma recuperação dos ativos EM\Brasil. Contudo, é sempre difícil acertar pontos de inflexão.
O destaque do final de semana ficou
por conta da conclusão das negociaões preliminares entre os EUA e a China em torno de suas relações comerciais. Segundo um comunicado
conjunto emitido após as reuniões, os países de comprometeram em estreitar seus
relacionamentos, com a China buscando elevar substancialmente as compras de
produtos norte americanos. Não houve a divulgações de metas ou números
concretos, mas um comprometimento em torno do tema. Após o comunicado, os EUA
anunciaram, mesmo que semi-oficialmente que, por ora, não irão impo tarifas de importação
à China, freando assim, a “guerra comercial” entre ambos.
Os eventos do final de semana, assim,
reduzem substancialmente os riscos de uma “guerra comercial” mais ampla e se
colocam dentro do cenário bae que a maior parte do mercado vinha trabalhando.
De maneira geral, a despeito do risco de uma postura mais dura por parte da
administração Trump, a maior parte do mercado esperava (e espera) que as
negociações caminhem em um direação ainda construtiva.
É natural supor que passado este
evento, e mesmo com riscos de execusão, e riscos em outras frentes, como no
NAFTA, algum prêmio de risco seja reduzido nos mercados financeiros globais.
Nesta mesma frente, vimos a
divulgação de dados mais robustos e ainda saudáveis de exportações na Coréia do Sul e no Japão ao longo desta noite, o que mostra uma economia global ainda
relativamente estável e saudável, mesmo que com flutuações em torno da
tendência.
De maneira geral, vejo algum espaço
para a normalização dos ativos de risco, especialmente aqueles mais
pressionados nos últimos dias e semanas, como os ativos emergentes. Entendo que
seja difícil acertar pontos de inflexão nos mercados, e que a dinâmica destes
ativos ainda se mostra fragilizada (comentei um pouco mais sobre isso no
sábado: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/05/brasil-bcb-aumenta-oferta-de-swaps.html),
mas vejo o acumulo de evidências de um quadro econômico ainda positivo, uma
melhora na posição técnica, preços e valuations mais atrativos e uma atuação correta dos policy makers.
Entendo que talvez o mercado de FX
não seja a melhor classe de ativos, mesmo vislumbrando uma melhora tática ou
cíclica, mas há espaço para acomodação no mercado de juros, assim como alguns
setores e empresas da bolsa apresentaram correções excessivas vis-a-vis seus
fundamentos.
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