Humor mais positivo. Agenda importante.


Os ativos de risco estão abrindo a quarta-feira em tom mais positivo. O resultado da Apple, divulgado o final da tarde de ontem, levou a uma alta de 5% no preço da ação no “after-market”, o que está ajudando o humor global a risco. Assim, neste momento, vemos uma leve alta das bolsas globais, as commodities operam em tom positivo, os juros abrem no mundo desenvolvido e o dólar apresenta leve queda, porém ainda mostra dificulades em cair de maneira mais acentuada.
Comentei um pouco mais sobre os movimentos recentes aqui. Copio o link para não soar repetitivo: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/05/dollar-rules.html.
O destaque do dia ficará por conta do ADP Employment e para a decisão do FOMC, nos EUA. Espero ver um mercado de trabalho ainda robusto, mas entendo que nesta fase do ciclo econômico seja esperado que a criação de vagas de trabalho arrefeça dos cerca de 200-250 mil dos últimos meses, para algo em torno de 100-150mil de maneira mais sustentável. Mesmo neste ambiente, as pressões infacionárias deveriam se acumular.
No tocante ao FOMC, espero que o Comitê relate um cenário relativamente estável no tocant ao crescimento, mas mostre mais confiança na trajetória da inflação a sua meta de 2%. Ainda vejo um processe de, pelo menos, 3 a 4 altas de 25bps na taxa de juros neste e no próximo ano, cenário que não está precificado na curva de juros.
No Brasil,o dólar chegou a operar ontem em torno de 3,53-3,54 no mercado de balcão. O BCB vem sinalizando que a primeira linha de defesa seriam as interveções cambiais, seja via swaps ou via reservas. Acredito que o BCB ainda não atuou pois o movimento vem sendo relativamente gradual e concomitantemente com a alta do dólar ao redor do mundo. Assim, em termos relativos as demais moedas, a queda\depreciação do Real se mostra menos acentuada do que contra o dólar norte americano. Ainda não vejo a queda de 25bps na Taxa Selic sinalizada pelo BCB para o próximo Copom como estando em risco, mas o mercado pode questionar a estratégia do BCB caso a depreciação cambial continue. A posição técnica na parte curta da curva ainda me parece pouco saudável. De modo geral, ainda vejo os juros no Brasil mais baixos por mais tempo, mas não gosto do risco\retorno na curva curta de juros no ambiente que estamos vivenciando neste momento. Minha visão pode mudar por preço, dinâmica de mercado ou alguma mudança no cenário.


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