Sinais de estabilização. Cenário ainda não me anima.
Os ativos de risco estão abrindo a
quinta-feira em tom mais estável. Contudo, alguns sinais de fragilidade
permanecem, como a depreciação de moedas emergentes como a TRY e o ZAR. Continuo não vislumbrand nenhuma grande
oportunidade de alocação no curto-prazo, mas mantendo postura agil e flexível
para se favorecer de movimentos que aparentam ser exagerados.
No Brasil, o governo anunciou um acordo junto aos caminhoneiros para
evitar um casos social. A despeito do anuncio, alguns orgãos da classe afirmam
que a greve irá continuar. Neste momento, ainda não consigo ter uma noção
concreta de qual será a situação ao longo do dia.
Com este pano de fundo local, e um
cenário externo que me parece mais desafiador, não tenho nenhuma vontade de ter
alocações estruturais e relevantes em ativos no Brasil. O BRL tem se mostrado
bem comportado nos últimos dias devido a presença mais agressiva do BCB nos
swaps cambiais. A curva de juros não me aparenta ter prêmios significativos. Pelo
contrário, começo a acreditar que os prêmios, na média, de agora em diante,
precisam ser ainda maiores. Na bolsa, nos últimos dias, vimos uma melhor na
posição técnica e nos preços e valuations. No geralm todos os mercados
apresenam posição técnica mais saudável neste momento, mas o mercado,
especialmente os fundos locais, me parecem “machucados” para acreditar em uma
tomada de riscomais agressiva no curto-prazo.
Depois da Itália passar por desafios políticos, agora a Espanha apresenta cenário desafiador, com o risco do governo Rajoy
sofrer um voto de confiança. O cenário de crescimento na Europa já vinha se mostrando mais desafiador e, agora, importantes
economicas da região apresentam desafios políticos que podem afetar ainda mais
negativamente a confiança e o crescimento.
Nos EUA, Trump voltou a adotar postura mais dura em relação as
negociações junto a Coréia do Norte, as questões comerciais com a China e seus
parceiros comerciais, como México, Canada e Europa, no tocante as importações
de automóveis. Vejo um cenário ainda nebuloso, a despeito de acreditar que esta
postura é apenas uma forma, um caminho, de buscar situações mais vantajosas
para os EUA e mostrar firmeza as vésperas de uma eleição no Congresso
Americano.
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