Brasil: BCB aumenta oferta de swaps cambiais. Mais um passo acertado.
Brasil\Câmbio
– No final
da tarde de ontem o Banco Central (BCB)
anunciou um aumento na oferta de swap cambiais, dos US$250mm diários, para
US$750mm diários. Além da oferta, o BCB divulgou comunicado em que busca
diferenciar a postura no tocante ao câmbio de sua política monetária.
Acredito que a atuação do BCB esteja
correta, primeiro ofertando um montante menor de swaps, depois deixando de cair
a Taxa Selic e, agora, oferecendo maior hedge cambial ao mercado. O movimento de
fortalecimento do dólar é global e não local. Contudo, é dever do BCB suavizar
os movimentos, mas não tentar mudar a direção da moeda. Como no passado o BCB
conseguiu reduzir o estoque de swaps, e como o país ainda é credor em dólares,
é natural e saudável este tipo de movimento e postura por parte da autoridade
monetária.
Como o objetivo não é alterar a
direção da moeda e o movimento do dólar é global, precisaremos observar o
cenário externo para definir até onde irá à taxa de câmbio. Os últimos passos
do Brasil, e de outros países emergentes como a Argentina, foram passos
positivos, assertivos e na direção correta, mas ainda é cedo para definirmos
até onde irá este movimento recente. Tendo a acreditar que estamos chegando a
um ponto de posição técnica mais saudável, preços e valuations mais atrativos,
em um pano de fundo não tão negativo como aparenta, mas é sempre muito difícil,
senão impossível, acertar pontos de inflexão nestes tipos de movimentos ou
tendências.
Brasil\Política
– A direita
continua bem representada por Bolsonaro na disputa eleitoral para presidente. O
Centro ainda se mostra muito disperso, sem poder de coalização e com grandes
problemas existenciais. A esquerda, na figura de Ciro Gomes, começa a mostrar
alguma convergência, dependendo de Lula e do PT para uma definição de em que
caminho irão tomar. O cenário segue bastante nebuloso e indefinido.
Os jornais dos últimos dias mostram
preocupação no PSDB em torno da candidatura de Alckmin. O nome de Doria volta a
ser ventilado em seu lugar. O PDT de Ciro trabalha para buscar um vice do PSB e
o PT continua insistindo na candidatura de Lula, equanto há coversas e pressões
de bastidores para algum “plano B”.
EUA vs China
– Não
houve avanços significativas nas conversas entre ambos os países, mas há algum
esforço para mostra coesão nas negociações. Parece que a China ofereceu, ou se
comprometeu, em elevar suas compras de produtos americanos, mas sem se
comprometer com qualquer meta de redução do déficit. Segundo a Bloomberg:
(Bloomberg)
-- China will significantly increase purchases of U.S. goods and services, the White House said in a statement
following talks in Washington this week that
aimed to resolve a trade dispute
between the world’s two largest economies. Both sides agreed on meaningful increases in U.S.
agriculture and energy exports, the White House
said, adding that the U.S. will
send a team to China to work out the details.
EUA vs NAFTA
– Não
houve acordo entre as partes em no tempo estipulado. Agora, o México passará
por uma eleição presidencial que poderá alterar significativamente o quadro
político local, assim como os EUA terão eleições para o Congresso que também
poderão alterar a dinâmica política do país, tornando as negociações ainda mais
complicadas.
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