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A economia global continua mostrando sinais positivos de que o crescimento permanece saudável e estável, o que está ajudando na estabilização das bolsas globais. Na noite de hoje, foi a vez do PMI Manufacturing da China apontar nesta direção, com uma alta de 51,4 para 51,7 pontos, acima das expectativas do mercado. Na Austrália, vimos dados de crédito e capex que também apresentaram tendências positivas nas divulgações ocorridas esta noite.

Na tarde de ontem já comentei a respeito do cenário para os ativos de risco. Para não soar repetitivo, minha visão pode ser encontrada aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/08/consolidacao-continua.html.

No Brasil, o governo encontra alguma resistência para a andamento da agenda do congresso, com a votação da TLP e das novas metas fiscais sendo constantemente atrasadas/adiadas. Não acredito que o mercado irá reagir a este noticiário. A despeito dos atrasos, a agenda do congresso tem caminhado na direção mínima necessária para manter o cenário cíclico positivo do país.

Um artigo do Valor Econômico afirma que existe algum desconforto do BCB com a inclinação da curva de juros. O título do artigo aparenta ter mais informações oficiais do que o texto em si. Não há nenhuma cotação literal (nem em “on” nem em “off”) de membros do BCB, mas apenas a constatação de uma curva de juros ainda bastante inclinada:

Risco de Selic a dois dígitos preocupa BC
Por Lucinda Pinto e José de Castro
No momento em que o mercado está ajustando suas apostas em uma Selic perto de 7%, o Banco Central tem demonstrado alguma preocupação com as expectativas para a taxa de juros em um horizonte mais longo. Nos encontros privados com representantes do mercado, um tema recorrente tem sido o comportamento das projeções dos contratos futuros de juros, que já apontam uma taxa de dois dígitos a partir de julho de 2019, a despeito do consenso entre os agentes de que a inflação deve permanecer sob controle.

A resposta que o Banco Central tem recebido desses profissionais é que a confiança no cenário de juros baixos depende da evolução das reformas. E essa variável só estará definida após a eleição de 2018. "Hoje, o mercado vê uma queda forte de juros por razões conjunturais, mas não está seguro de que a queda é estrutural", define o economista-chefe da Garde Investimentos, Daniel Weeks. "Se a agenda de reformas não avança, o juro neutro é mais alto e a Selic tem que subir mais no futuro."

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