Onu, Coreia do Norte e ruídos no Brasil.

O destaque do final de semana ficou por conta da decisão por parte da ONU em aprovar novas e pesadas sanções à Coréia do Norte, em resposta aos recentes novos testes militares do país. A medida teve o apoio da China e da Rússia, que são países vistos como aliados da Coreia do Norte e que, normalmente, atuam de maneira a atenuar as medidas cautelares contra o país. A Coréia do Norte reagiu verbalmente às medidas, prometendo um “mar de fogo” contra os EUA e seus aliados. No curto-prazo, assim, ficamos com um cenário de incerteza. Do lado negativo, temos uma Coréia de Norte cada vez mais avançada em seu programa nuclear. Do lado positivo, os EUA conseguiram cooptar China e Rússia em favor de uma solução diplomática para a questão. A situação na região é tensa e indefinida, mas uma solução militar, a despeito das recentes trocas de acusações, ainda é um “risco de cauda”.

No Brasil, o final de semana foi marcado por ruídos de curto-prazo. Já comentei sobre o tema no sábado. Os comentários podem ser lidos no link a seguir, no texto, “Brasil: Ruídos.”: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/.

Continuo vendo um cenário econômico global estável e relativamente construtivo, sem um “trigger” específico para realizações de lucro e/ou correções mais acentuadas das tendências recentes. Contudo, ainda vejo uma posição técnica comprometida e níveis de preços e valuations pouco atrativos na maior parte dos ativos de risco globais.

Continuo vendo espaço para o fechamento da parte curta da curva de juros no Brasil, mas administrando tamanho e instrumentos da posição mais ativamente os atuais níveis. Ainda vejo a nível das inflações implícitas na parte intermediária da curva de como um excelente hedge para o cenário local. Mantenho recomendação tomada na parte longa das curvas de juros de alguns países de G10, aliadas a compra de volatilidade em algumas classes de ativos, tais como bolsa e juros nessas regiões. Não tenho uma convicção estrutural no mercado de global de FX e bolsa, mas vejo espaço para um “rebound” de curto-prazo no dólar, baseado na posição técnica, valuation e cenário econômico.



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