Brasil: Situação fiscal exige cautela.
A noite foi de poucas novidades
relevantes. Nessa manhã, destaque para mais uma rodada de alta do EUR, para uma
leve abertura de taxa dos juros nos EUA e para uma pequena realização de lucros
nos preços das commodities metálicas não preciosas.
No Brasil, a mídia dá como certa a
revisão da meta fiscal para este e para o próximo ano. O debate agora já não
está centrado na possibilidade de mudança da meta, mas na magnitude que será a
mudança. Tenho escrito neste fórum que, enquanto o cenário externo permanecer
tranquilo, os ativos locais teriam uma tendência a superar este tipo de
notícia. Contudo, começo a me perguntar em que momento o mercado poderá começar
a “punir” os ativos locais diante das incertezas fiscais de curto e
longo-prazos?
As contas públicas continuam a ser um
grande problema para o país, que nem mesmo os avanços cíclicos da economia
estão sendo capazes de acobertar. Na ausência de reformas estruturas, como da
Previdência, a situação tende a piorar exponencialmente a cada novo ano, na
ausência de uma aceleração sustentável do crescimento. O governo ainda batalha
pela sua sobrevivência, mas acena para a possibilidade de retornar o debate da
Reforma da Previdência vencida a primeira batalha por sua sobrevivência. Será este
cenário crível? Os próximos dias serão fundamentais nesta frente.
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