Risk-Off & Posição Técnica
Os ativos de risco estão dando continuidade ao movimento negativo iniciado no final da semana passada, com os investidores ajustando posições para um ambiente em que o Brexitparece mais provável, em meio a uma economia global frágil, confirmada ontem pelo fraco número de investimento em maio, na China.
O índice que mede a probabilidade do "Leave" pelas casas de apostas da Inglaterra, e vem sendo monitorado pela Bloomberg, atingiu 40% está manhã, vindo de 20% a poucos dias atrás.
Não podemos menosprezar o que o trágico evento em Orlando poderá trazer de consequências para o Brexit e para as eleições americanas, o que também pode estar afetando o humor dos mercados globais.
O Morgan Stanley compilou alguns indicadores importantes de risco, todos apontando na direção de maior aversão a risco no curto-prazo: Risk indicators across the board have flashed warning signals. The VIX has reached 20.63, just short of the high levels reached on February 11 (20.73) and January 20, both days of extreme turmoil. Our STGRDI* index has reached an extreme of -3.45, the lowest since August 21. The SPX has developed negative divergence and EuroStoxx has breached the support line of a head and shoulder formation. Commodities, where China dominates demand, have broken lower and oil prices have come off their highs as investors reassess global growth projections, coming after the release of disappointing fixed asset investment growth data in China yesterday and the weak US May labour market report hitting screens in early June. Cross-currency basis swaps spreads have widened once again, increasing USD funding costs, which we interpret as a result of USD shortage. Increasing Brexit risks following the release of an increasing number of opinion polls showing the Leave camp leading have increased economic uncertainties. This morning it wasThe Sun newspaper urging its readers to vote for Leave, which will not help to calm markets ahead of next Thursday’s Brexit vote.
A agenda do dia terá as vendas no varejo, nos EUA e no Brasil, como principal destaque desta terça-feira.
No Brasil, o governo continua ventilando na mídia propostas para o Teto dos Gastos e para a Reforma da Previdência. As propostas continuam bastante positivas. Eu não acredito que serão aprovadas 100% como estão em estudo, mas após algumas negociações, o Congresso deverá aprovar avanços importantes para o ajuste econômico do país.
Após uma leitura mais atenta ao discurso de Ilan – novo presidente do BCB – na tarde de ontem, surgiram algumas interpretações mais dovish de seu discurso. Segundo nosso economista chefe: Vale mencionar que o Ilan não mencionou a convergência para o centro da meta em 2017; Há limites de tolerância para acomodar choques inesperados, mas é preciso gerenciar as expectativas de inflação para que elas convirjam em um futuro não muito distante; Coloca peso no fiscal para o sucesso da política monetária; Poderá usar com parcimônia os instrumentos de política cambial (tom parece ser menos intervencionista que o Tombini).
No campo político, o STF enviou as investigações de Lula de volta ao juiz Sergio Moro. Acho razoável supor que elevam-se as chances do ex-presidente sofrer novas investidas da Operação Lava-Jato (prisão, busca e apreensão, e etc).
Voltando ao cenário externo, a pesquisa mensal de posição técnica feita pela Merrill Lynch, uma das mais completas e respeitadas pelo mercado, mostra um quadro relativamente neutro, com investidores em compasso de espera frente aos riscos de curto-prazo:
FMS bottom line
Record high corporate bond and (US) stock prices…yet June FMS shows investors have a mountain of cash…negative summer "events" (e.g. BREXIT) could thus quickly become tradable buying opportunities.
Bear mountain
June FMS big bear signals: cash level of 5.7% (up from 5.5%) = highest since Nov'01; BofAML Risk & Liquidity Index at four-year low; lowest global equity allocation vs. cash/bonds/commodities since Jul'12; most crowded FMS June trade = "long quality".
It ain't the economy, stupid…
…FMS risk aversion consistent with recession yet global growth and profit expectations at six-month high, global inflation expectations at one-year high.
BREXIT the biggest FMS "tail risk"…
…FMS shows large short in sterling and FTSE (Exhibit 1); contrarians note stubborn longs in Eurozone, banks, tech most vulnerable to "BREXIT", while unloved UK assets, resourcesmost upside to a "BREMAIN" vote.
Wanted: policy panic
Potential combo of "summer of shocks" and "Quantitative Failure" = high cash; hopes for new radical policy stimulus low…record FMS reading for fiscal policy "too restrictive" and 62% say no "helicopter money" next 12 months.
June FMS Contrarian Trades
Sustained risk upside unlikely without sustained EPS growth…but long GBP, long stocks-short cash, long US-short Eurozone, long discretionary-short healthcare, long resources-short REITs = trading opportunities should policy makers react to market volatility.
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