Consolidação...
Os ativos de risco estão apresentando recuperação, após dois
dias de forte pressão. Como comentei neste fórum ontem pela manhã: Eu espero alguma estabilização do humor
global a risco ao longo do dia, mas meu viés de curto-prazo ainda é negativo.
A estabilização acabou não acontecendo ontem, mas hoje já vemos sinais mais
animadores. Eu ainda espero um período de alta volatilidade e elevada incerteza,
mas os ativos de risco podem ter ficado excessivamente pressionados no
curtíssimo-prazo.
A Coréia do Sul
anunciou que podem fazer um pacote de estimulo fiscal à sua economia. Ainda não
há detalhes sobre a possível ação. Será uma das primeiras economias relevantes
para o mundo a anunciar uma medida neste direção neste ciclo econômico. O
estímulo fiscal é o receituário que muitos economistas ortodoxos e de renome
estão prescrevendo para lidar com o baixo crescimento global neste momento.
No Brasil, os
dados de crédito divulgados ontem mostraram a manutenção das tendências que
viraram regra nos últimos meses, ou seja, concessões mais brandas, spreads e
taxas mais altas e inadimplência em alta. A manutenção de uma tendência de alta
na inadimplência que se mostra um pouco mai preocupante para o setor, mas era
de certa forma esperada. O país parece viver um clássico “credit crunch”.
O BCB irá divulgar hoje seu relatório de inflação, com a
presença de seu novo presidente. Espero que a mensagem de Ilan seja clara e
ortodoxa, ou seja, foco na meta de inflação.
Os jornais de hoje estão dizendo que o centro da meta de 2018
não será alterada e ficará em 4,5%. Acredito que o mesmo será feito com a meta
de 2017. Não vejo espaço, e nem necessidade, neste momento, de alteração na
meta de inflação do país para os próximos 2 anos.
Ainda na mídia, está sendo ventilado a necessidade de aumento
de impostos em 2017 para que as contas públicas sejam equacionadas. Com o
estado de “calamidade” em que se encontra o quadro fiscal brasileiro, é natural
esperar que medidas nesta direção sejam efetuadas.
Na Veja, existe uma nota dizendo que Temer pediu uma atenção
especial para as privatizações.
Enfim, por hora, a despeito de todos os ruídos políticos da
Operação Lava-Jato, continuamos a ver o governo caminhar na direção do ajuste
econômico.
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