BoJ & Brexit
s ativos de risco estão operando com viés negativo. No Japão, o BoJ não divulgou novas medidas de estímulo monetário, como muitos esperavam, o que levou o JPY a novos picos de apreciação (USDJPY cai cerca de 2% neste momento), afetando o humor global a risco. Não houve grandes alterações no comunicado após a decisão e muito menos na coletiva de imprensa realizada minutos depois. A passividade do BoJ diante de um cenário desafiador para o crescimento e a inflação poderá vir a aumentar o receio do mercado de que o poder da política monetária dos principais bancos centrais ao redor do mundo tenha se esgotado, e os BCs, talvez, esteja “caindo na real” em relação a isso.
Na Inglaterra, uma pesquisa da IPSOS, por telefone, mostrou uma liderança de 53% a 47% para o “Leave”, mantendo a tendência de um momento extremamente favorável ao Brexit.
No Brasil, os jornais de hoje estão refletindo a divulgação da delação premiada de Sergio Machado, especialmente o surgimento do nome de Michel Temer. Continuo achando que o problema para Temer seja contornável, mas não há dúvida de que este é mais um ruído negativo para um governo interino que ainda tem um longo caminho para o ajuste econômico. Machado afirma que arrecadou mais de R$100mm para o PMDB, cujo o presidente era Temer. Fica difícil imaginar que o presidente da sigla não sabia deste tipo de arrecadação. Por hora, o problema parece contido. Contudo, a Operação Lava-Jato continua suas investigações e o PMDB parece a bola da vez.
Eu mantenho um viés mais negativo com relação ao cenário externo e vejo os ativos locais, no curto-prazo, seguindo o humor global a risco. Assim, acho prudente manter um portfólio mais defendido no curto-prazo.
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