Quadro técnico saudável, mas piorando.
Os ativos de risco parecem estar passando por um período de consolidação, mas ainda com um viés claramente positivo. Na manhã de hoje, a despeito de uma leve queda nas bolsas ao redor do mundo, as commodities operam em alta e o dólar apresenta mais uma rodada de enfraquecimento.
A agenda do dia será bastante importante, com Core CPI e Produção Industrial nos EUA. Uma inflação alta com crescimento baixo seria a pior combinação para os ativos de risco no curto-prazo. Números fracos podem acabar acentuando a tendência de enfraquecimento do dólar no mundo, mas ascender um alerta maior em torno do crescimento econômico global.
No Brasil, O Globo traz uma matéria que já havia sido ventilada pelo Valor na semana passada, dizendo que a conta de luz poderá ficar mais cara já em setembro. Caso este movimento seja confirmado, será mais um desafio à inflação de curto-prazo, que já se mostra bastante resiliente. De acordo com o jornal: A falta de chuvas e uma queda menor no consumo de energia devem fazer com que as contas de luz do país voltem a ter bandeira amarela a partir de setembro, com a cobrança extra de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Desde abril, a bandeira está no nível verde, em que não há taxa extra nas contas. O sistema existe desde o início de 2015 para indicar aos consumidores que as condições de geração, por falta de chuvas ou outros motivos, está mais restrita. A intenção é que o apontamento leva os clientes a reduzirem o consumo, colaborando para o retorno da geração de energia aos custos mais baixos.
A pesquisa mensal de análise técnica dos ativos de risco, qualitativa, e uma das mais respeitadas pelo mercado, desenvolvida pela Merrill Lynch, mostra um quadro ainda saudável, mas uma piora em relação aos meses anteriores:
Our survey says…
Pain trade still up in risk assets: investors less bearish, but FMS "fear" yet to flip to "greed"; we believe stock prices to rise further until bonds throw another tantrum.
Cash drops sharply: from 5.8% (15-year high) to 5.4%; but cash allocation still high; we need to see another sharp drop in FMS cash to <5.1% in Sep to signal end of the rally.
Macro better: growth & inflation expectations (ex. China) up; Aug sees modest rotation from bonds to equities and increase in cyclical exposure, albeit exclusively via EM (biggest OW since Sep'14) and commodities.
Safe space: central bank creation of "safe space" of low & stable rates (78% expect BoJ & ECB NIRP to continue next 12 months) big factor behind fresh optimism and stubborn FMS preference (Exhibit 1) for deflation assets over inflation assets.
Most crowded trades: 1. long High Quality stocks, 2. long US/EU Corporate bonds, 3. long Gold; investors long REITs ("yield"), pharma & tech ("growth"), US ("quality") vs. short financials & UK/Eurozone ("value"), resources ("junk").
Tail risks: sharp rise in bond yields biggest risk to FMS positioning & low volatility mantra; other tail risks = EU disintegration, renewed CNY devaluation; note 60% rate protectionism risk 'above normal' (highest since Dec'10).
FMS contrarians would be: long stocks, short cash; long Europe banks, short US REITs; long British pound; buy vol.
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