All about the Fed!
YELLEN: Speech is done. Now they got the
message.
FISCHER: I don't think so. Look at the
screen.
Y: Ugh, can you do better?
F: Watch this.
Além do discurso de Yellen, a sexta-feira foi marcada por uma
cavalaria de sinalizações por parte de membros do Fed. A mensagem foi bastante
clara e simples: A probabilidade de uma alta de juros no curto-prazo (setembro,
dezembro ou ambos) subiu bastante nas últimas semanas. Caso o atual cenário
seja corroborado pelos dados econômicos, especialmente os dados de emprego,
existe a disposição dos membros do Fed em dar continuidade ao processo de
normalização monetária. O processo como um todo, contudo, deverá ser lento e
gradual, com uma taxa terminal de juros muito mais baixa do que no passado.
Como a curva de juros americana precificava probabilidade de 30%
de uma alta em setembro, e em torno de 50% de uma alta até o final do ano, o
mercado foi levado a ajustar suas expectativas, agora em 42% para setembro e
65% para este ano.
Os ativos de risco reagiram de maneira clássica, especialmente
vis-à-vis uma posição técnica que havia piorada nas últimas semanas. Eu
mantenho minha visão geral sobre os mercados:
Continuo vendo espaço para consolidação dos mercados financeiros
globais no curto-prazo. Contudo, para uma inversão completa de tendência,
acredito que o cenário econômico global precisará ser totalmente alterado, ou
com sinais mais claros de desaceleração do mundo, ou com risco de que o
processo de alta de juros pelo Fed seja retomado, não apenas com mais uma única
alta até o final deste ano, mas com sinais de que o processo possa levar as
taxas de juros para níveis não precificados atualmente pelo mercado americano
de juros. Para isso, acredito que os números de inflação precisarão mostrar uma
aceleração mais clara e consistente.
Acredito que o momento deva ser para se apropriar da
volatilidade e adicionar risco no portfólio em ativos que oferecem fundamentos
de qualidade (ou em vias de melhora), yields/carry
atrativos e posições técnicas não muito esticadas. Ainda vejo os ativos no
Brasil apresentando essas características, a despeito dos ruídos políticos e de
uma piora marginal de posição técnica nos últimos meses. Concomitantemente a
este cenário, acho prudente manter os hedges externos que comentamos no inicio
da semana: A venda
de AUD, alguns hegdes vendidos no mercado de renda variável
global e puts de Vale.
Em relação ao mercado local, reafirmo que continuo evitando a parte curta da curva de juros
nominais, preferindo exposição a parte longa da curva. Gosto de vender as
inflações implícitas na barriga da curva, por acreditar em um BCB ortodoxo e
comprometido com a meta de inflação. Acredito que o momento seja de uma
utilização moderada a risco, com espaço para aumentos de posições enquanto a
consolidação do mercado continuar.
A consolidação do mercado continua e
o momento é de elevar as alocações do portfólio, sem perder de vista hedges
atrativos.
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