Brasil em Foco
Os mercados financeiros globais continuam sem mostrar tendências
claras ou bem definidas, em um claro movimento de acomodação. Está penumbra
pode ser encerrada, para qualquer um dos lados, nas próximas semanas, com
importantes reuniões dos principais bancos centrais ao redor do mundo.
Vamos aproveitar o dia para fazer uma breve atualização de
Brasil. O processo de impeachment deverá ser encerrado na semana que vem, mas
me parece bem precificado pelo mercado. De agora em diante, o foco se voltará
para o apoio que o Congresso dará as medidas de ajuste econômico proposto pelo
governo interino.
No tocante a inflação, ainda estamos em um nível
desconfortavelmente elevado, o que poderá adiar o início do ciclo de queda de
juros para os últimos meses do ano ou, até mesmo, para o ano que vem. A
aprovação de medidas de ajuste fiscal, especialmente a PEC do Teto de Gastos,
será fundamental para a postura do BCB. Contudo, começamos a ver sinais, mesmo
que incipientes, mais animadores nas coletas de preço, o que pode vir a dar
algum ímpeto para o mercado local de juros.
Hoje foram divulgados os dados de crédito de julho. Segundo
nosso economista: Em geral os dados foram
fracos, com o estoque de crédito encolhendo mais no a/a, as concessões
mostrando ligeira elevação (recursos livres, dessaz). A inadimplência voltou a
subir, enquanto dos juros bancários continuaram a se elevar (assim como o
spread bancário).
Os juros bancários continuaram a se elevar, a despeito da queda
nas taxas futuras de juros. O spread bancário avançou.
Os indicadores de confiança continuam apontando para uma recuperação
do humor de empresários, comerciantes, industriais e consumidores, mas os dados
correntes ainda devem demorar a mostrar essa recuperação.
Continuo otimista com os ativos locais. Nos últimos dias,
elevamos as alocações na parte longa da curva nominal de juros e na venda das
inflações implícitas na parte intermediária da curva, ao mesmo tempo em que
elevamos os hedges externos.
Comentários
Postar um comentário