VIX: Leniência do Mercado.
O VIX, uma medida de propensão a tomar
risco por parte do mercado, ou uma maneira de medir como o mercado precifica os
riscos de curto-prazo, está nos níveis mais baixos desde a década de 90. A sazonalidade desta época do ano, por ser férias no hemisfério
norte (EUA e Europa) já é de volatilidades mais baixas. Contudo,
mesmo levando isso em conta, o mercado parece excessivamente leniente.
O cenário base continua a ser de baixo
crescimento, com flutuações em torno da tendência, mas sem riscos aparentes de
uma recessão global. Este ambiente tem sido visto pelo mercado como positivo
para ativos que apresentem yield/carry elevados, e/ou fundamentos que
justifiquem este tipo de alocação.
Contudo, não concordo que os riscos ao
cenário sejam nulos, ou devem ser totalmente ignorados, como o mercado parece
precificar neste momento. Os dados de produtividade da economia americana divulgados
há pouco mostram os enormes desafios que o setor corporativo está tendo que
superar. A economia cresce pouco, o mercado de trabalho está aquecido, e as
pressões salariais, mesmo que ainda incipientes, mostraram trajetória gradual
de elevação. Além disso, os sinais provenientes da China ainda são ambíguos,
com um crescimento que não dá sinais claros de recuperação ou estabilização.
Em suma, o cenário central descrito no
segundo parágrafo ainda deve ser o favorito no curto-prazo. Nos atuais níveis
de preço, começam a surgir hedges interessantes para os portfólios.
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