TING: There Is No Growth.
As vendas no varejo nos EUA, assim como o PPI, vieram abaixo das
expectativas do mercado em julho. Em especial, o Retail Sales Control Group,
medida que incide diretamente no cálculo do PIB, ficou estável, contra
expectativas de alta de 0,3% MoM.
O PPI mostrou um quadro generalizado de pressão baixista para a
inflação nos EUA.
Na Europa, o PIB do 1Q divulgado hoje pela manhã ficou dentro
das expectativas do mercado, com alta de 0,3% QoQ. O crescimento marca uma
desaceleração em relação aos trimestres anteriores. Apesar de dentro das
expectativas, o número mascara uma economia da Alemanha ainda saudável, em
detrimento a sinais mais preocupantes de outras economias da região.
Ainda esta manhã, após a divulgação dos dados de crescimento da
China, tivemos a divulgação dos dados de crédito de julho, muito abaixo das
expectativas. Os números confirmam o que comentamos pela manhã: O modelo de
crescimento do país parece esgotado e um período de crescimento estruturalmente
mais baixo parece inevitável. Não estamos falando aqui, necessariamente, de uma
crise (ou algo do gênero), mas o mundo terá que se acostumar com um crescimento
mais moderado do país ao longo dos próximos anos. Como a China é uma das
maiores econômicas do mundo, com um modelo econômico considerado “fechado”, e
uma economia alavancada, tudo que gira em torno do país acaba tendo o potencial
de gerar ruídos e contágio para o resto do mundo. Continuo vendo o país com o principal
risco para a economia mundial e os mercados financeiros globais nos próximos
meses.
Os números de hoje reforçam um cenário favorável para ativos de yield,
em detrimento a ativos de crescimento e valor. Continuo favorecendo o mercado
de juros no Brasil como canal de alocação, vendo alguns obstáculos para uma boa
performance dos mercados de câmbio e renda variável no curto-prazo.
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