Sinais, ainda incipientes, de estabilização do humor global a risco.

Os ativos de risco estão apresentando alguma estabilização esta manhã, após uma noite aparentemente mais tranquila na Ásia. Contudo, os sinais de estabilização ainda são incipientes e a aparente “tranquilidade” na Ásia/China parece ter sido forjada por uma intensa intervenção do governo chinês nos mercados locais. Segundo o Morgan Stanley:

Shanghai’s composite index has been very volatile this morning. There have been some market calming measures that include the PBoC injecting RMB130bln via a seven-day repo, state controlled funds buying equities, the securities regulator signalling that the selling ban on major investors will remain beyond this week’s expiration date and ensuring that the USDCNY fixing was only moderately higher but still well below indication after yesterday’s market close. Asset market nervousness should remain with economic data continuing to be weak.

De acordo com o mesmo texto, os sinais de cautela em relação ao crescimento global e, em especial, da Ásia continuam se acumulando, o que ainda requer algma cautela neste começo de ano:

Weak data globally. According to Caixin, China’s railway cargo volume fell 10.5%Y in 2015. China’s trading partners are also seeing weak data. Korea saw exports decline by 13.8%Y in December. Note that 30% of Korea’s trade is with China. It is not confined to Asia; however, the US and Canada are now showing signs of weak data too. While manufacturing weakness does not come as a surprise given the openness to global trade and the amount of overcapacity built up, especially in Asia, indications of US and Canadian domestic demand softness have increased our concerns. US November construction spending fell by 0.4%, despite favourable weather, undershooting the +0.6% market expectation. Should US vehicle sales today leave the impression that the 5-year uptrend of sales may terminate, then investors would try to evaluate its impact on asset and FX markets.

O fluxo de notícias para Brasil ainda se apresenta escasso, com o Congresso em recesso e sem dados econômicos relevantes na agenda. O destaque do dia ficará por conta do CPI na Europa, onde já espera-se um número mais baixo após a surpresa negativa (baixista) da inflação na Alemanha divulgada ontem.


É interessante notar que, mesmo em um cenário de aversão a risco, em que o EUR tende a apresentar desempenho mais positivo (em conjunto com o JPY, talvez por suas contas correntes superavitárias) o cenário de inflação perigosamente baixa na região acabou criando um ambiente propício para uma nova rodada de depreciação da moeda.

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