Fragilidade continua aparente.
Os ativos de risco, de maneira geral, não reagiram bem ao que eu
considero ter sido uma boa bateria de dados econômicos nos EUA. O mês de dezembro foi de forte elevação das vagas de trabalho
(Payroll), com revisões altistas dos meses anteriores. A taxa de ocupação
apresentou alta, o que manteve a taxa de desemprego (UR) em 5%, mesmo com uma
acentuada criação de emprego no mês. Além disso, não ouve sinais de pressões
inflacionárias, com um AHE estável.
Há poucos meses atrás, um número forte de emprego, sem pressões
inflacionárias, seria visto como “goldilocks”,
dando forte suporte aos ativos de risco. A dinâmica do mercado me intriga,
colocando uma “pulga atrás de orelha” de que podemos estar no meio de um “bear market”, pelo menos pontual, e que
ainda não chegou a seu fim.
Os ativos do Brasil continuam
a mercê do cenário externo, mas o bom desempenho do BRL impressiona. A posição dos estrangeiros na BMF está no menor
patamar de alguns anos, em torno de 50 mil contratos comprados, contra quase
400 mil contratos no ápice da crise em agosto/setembro de 2015. As vols
implícitas das opções de dólar apresentaram forte queda ao longo de toda
semana, no que pareceu ser um grande fluxo de venda de vol de algum investidor
(fundo) grande. Além disso, há indícios de que algumas emissões de
Uridashi/Toshin também estejam ajudando o bom desempenho do mercado. Não vejo
mudanças de cenário econômico local. Acredito que os dados econômicos dos EUA
continuam apontando na direção de um dólar mais forte no mundo. O cenário para
a economia da China e dos países emergentes continua nebuloso. Assim, espero
que esse desempenho relativo mais positivo do BRL, em algum momento, seja
revertido.
No tocante ao IPCA, segundo nossa Área Econômica: Embora abaixo do esperado, o IPCA segue em
patamar bastante elevado e com o qualitativo bastante ruim. A difusão segue
alta para dada variação mensal do IPCA.
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