Brasil: Sem definição política.

Os ativos de risco estão operando sem movimentações relevantes esta manhã. O destaque do dia ficará por conta do ADP Employment nos EUA, a última prévia para o Payroll desta sexta-feira. Os dados de emprego de novembro, que serão divulgados no final desta semana, devem ser determinantes para a política monetária de curto-prazo nos EUA. Além do ADP Employment, a agenda terá o Unit Labor Cost como destaque.

No Brasil, a agenda econômica será esvaziada, mas o panorama político deverá dominar o dia. O Congresso não votou a nova meta fiscal para o ano que vem, e uma seção hoje, as 12h00 está agendada para uma votação neste sentido. A oposição conseguiu obstruir a pauta, mantendo o quorum mínimo abaixo do necessário da Câmara para a votação da nova meta fiscal. A Câmara derrubou o veto presidencial, que já havia caído no Senado, e elevou de 70 para 75 anos a idade mínima de aposentadoria dos servidores públicos. A queda do veto foi uma negociação entre governo e aliados para desobstruir a pauta do Congresso e dar andamento a votação da nova meta fiscal de 2015.

O Conselho de Ética da Câmara também interrompeu a votação em torno da continuidade, ou não, das investigações sobre Eduardo Cunha. As informações ainda são desencontradas, se terá uma nova votação hoje, ou apenas na semana que vem.

Em suma, o país continua em meio a uma convulsão política, sem que haja um cenário claro definido. A aprovação da meta fiscal de 2015, e uma possível salvação de Eduardo Cunha poderão ser vistos como uma vitória do governo, dando algum alento pontual aos ativos brasileiros. A indefinição destes temas, ou derrotas do governo nestas questões, podem levar a mais uma rápida e acentuada deterioração dos ativos locais.