Brasil: Déficit fiscal recorde para o Governo Central.
Os mercados externos mantiveram as tendências verificadas ao
longo da manhã, com queda nas bolsas, um dólar misto e pressão no preço das
commodities. A agenda esvaziada, em um período sazonalmente ilíquido, está
ajudando a acentuar alguns movimentos, como o caso das commodities (Petróleo
-3,6%, Cobre -2%, por exemplo).
No Brasil, o déficit fiscal primário do governo central ficou em
R$21,3bi em novembro, superior às expectativas do mercado. O cenário econômico
continua mostrando claros sinais de deterioração.
O Ibovespa teve uma segunda-feira de leve queda. A curva de
juros apresentou fechamento de taxa na parte curta da curva, com as taxas
longas mais firmes. Assim, a inclinação continuou a se elevar nos vértices mais
longos, com o Jan21/Jan17 atingindo +72bps. A curva precifica altas de
60bps+50bps+44bps+35bps nas próximas 4 reuniões do Copom. Não vejo valor para
posições relevantes aplicadas na curva nominal de juros. Acredito que o BCB
pretende fazer um ciclo relativamente pequeno de alta de juros, mas tenho
dúvidas de que será capaz de conduzir este processo de maneira suave. Assim,
prefiro esperar prêmios mais elevados nesta classe de ativo. O BRL, contudo,
teve um dia de forte apreciação. O volume negociado na BMF ficou abaixo da média
histórica. Não vi nenhum argumento fundamental que explique o movimento, o que
me leva a acreditar que tenha sido algum fluxo pontual, que ajudou a acentuar o
movimento em um período de liquidez reduzida. Vejo o patamar de 3,85, no atual
cenário local e externo, como um patamar razoável para elevar posições
compradas em USDBRL.
Obs: Para pagar as pedalas fiscais, o BNDES poderá transferir
papéis indexados ao dólar para o Tesouro (Fonte: ValorPRO). Ainda estamos
tentando entender este fluxo e se há, de fato, algum impacto (ou algum) fluxo
para o câmbio nesta manobra.
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