Feriado nos EUA

Em uma segunda-feira de feriado nos EUA, os ativos de risco estão operando com baixa volatilidade e pouca liquidez. O destaque fica por conta de mais uma rodada de fortalecimento do USD no mundo, além de mais um começo de semana de forte alta das bolsas na China. A dinâmica dos mercados chineses se mostra cada vez mais parecida com o que observamos no período do pós crise nos EUA, Europa e Japão. Em linhas gerais, em um ambiente de crescimento baixo, inflação contida, mas política monetária mais expansionista, os ativos de risco, em especial as bolsas e os bonds, são os mais favorecidos nos anos subsequentes.

Na Espanha, as eleições regionais acabaram trazendo resultados em linha com as expectativas, ou seja, um cenário de fragmentação política. Este cenário irá requerer um enorme esforço de negociações, para que a formação de coalizões entre vários partidos, muitas vezes com plataformas de governo muito distintas, tornem possível a governabilidade de cada região. As eleições regionais foram uma importante prévia para o que poderemos esperar das eleições gerais dentro de alguns meses.

Na Grécia, um artigo no FT voltou a declarar que o país não terá caixa para efetuar os pagamentos dos vencimentos da ajuda financeira do FMI nas próximas semanas. A situação no país segue tensa e indefinida, porém fluida. Já era esperado que o caixa do país estivesse no fim neste final de maio e começo de junho, mas agora o país está usando isto como "leverage" em suas negociações junto aos credores. Meu temor continua sendo de que será preciso um "empurrão" do mercado para que um acordo seja atingido, ou seja, um período de maior volatilidade e pressão sobre os ativos da Europa para que uma solução intermediária seja acordada. Ainda vejo um acordo como o cenário base. A situação hoje é muito pior do que nos outros períodos de negociação, mas este jogo político sempre existiu. De qualquer maneira, a proximidade do fim do caixa eleva as chances de um "evento de cauda", de 10% para em torno de 20%-30%. Assim, um evento negativo deixa de ser desprezível. Os mercados deveriam precificar esta questão com o passar do tempo.

Na Polônia, a oposição venceu as eleições, causando uma pequena pressão sobre os ativos do país neste início de semana.

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