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A terça-feira foi de pouca movimentação para os mercados globais. Os ativos de risco parecem ainda no meio de um processo de consolidação, sem grandes tendências definidas de curto-prazo. Os desenvolvimentos no tocante a Grécia, o debate em torno do processo de normalização monetária nos EUA e a reação dos mercados na China aos últimos desenvolvimentos locais (queda de compulsório, default da primeira empresa ligada ao governo e restrições no mercado de ações) serão fundamentais para a dinâmica dos ativos de risco no longo-prazo.

Mantenho minha visão dos últimos dias. A despeito de um cenário onde os riscos de cauda estão sendo dissipados aos poucos, vejo os ativos de risco em um período de consolidação, onde não há tendências claras no curto-prazo. Caso os problemas na Grécia sejam solucionados, ou sejam “empurrados com a barriga” por mais alguns meses, e após as medidas mais agressivas na China no final de semana, deveremos ter, novamente, o aumento do debate em torno do timing do começo de um processo de alta de juros nos EUA. Este pano de fundo, assim, deve atuar com uma importante resistência a continuidade do movimento de busca por risco. Nos atuais níveis de preço, muitas classes de ativos oferecem menor atratividade, tanto devido a uma posição técnica menos atrativa, quanto devido a preços e valuations mais “esticados”. Se, por um lado, não vejo motivos para a continuidade “ad infinitum” das tendências que prevaleceram nos últimos meses, por outro lado, também não vejo motivos, por hora, para mudanças ou inversões completas desses movimentos. Não podemos descartar movimentos, como os verificados no final da semana passada, em que todas as “posições consensuais” do mercado sofreram movimentos de correções (Ex: bolsas em queda, USD em baixa, commodities em alta e etc). Os ativos de risco estão hoje em patamares menos atrativos do que há algumas semanas atrás, além de a posição técnica já se mostrar mais alocada em ativos de risco, o que acaba deixando os mercados mais frágeis a ruídos pontuais, como o ocorrida na Grécia. Por hora, os ranges recentes vem sendo confirmados, o que mostra que os mercados estão em um momento de consolidação. A volatilidade permanece elevada, mas não há nenhuma tendência clara de curto-prazo. Por exemplo, o S&P continua operando em uma banda entre 2.000 e 2.100, o DXY entre 95 e 100 e o BRL entre 3.00 e 3.15.

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