EUA Core CPI + Grécia = " Risk-Off"?
A despeito do Core CPI nos EUA ter ficado basicamente em linha com as expectativas na comparação mensal, à alta em 12 meses saiu de 1.7% para 1.8%, mesmo com toda a ajuda da queda no preço do petróleo nos últimos meses. A inflação de serviços segue mais rígida e consistentemente mais elevada.
Com a inflação norte americana não surpreendendo mais para baixo, e uma curva de juros precificando um cenário de política monetária ainda bastante dovish, podemos estar diante do aumento do risco de uma correção dos mercados no curto-prazo, como comentado nos Mercados Globais de hoje cedo. Além disso, vale lembrar que este cenário se desenvolve em um pano de fundo de aumento das incertezas no tocante as negociações entre Grécia e seus credores.
Ficaria com uma duration mais curta nos juros Brasil ainda olhando a posição em conjunto com posições compradas em dólar. O cenário político local parece ter apresentado alguma piora nos últimos dias. O momento pode ser mais negativo para as bolsas globais, especialmente após o rally recente. O mesmo raciocínio vale para o mercado de commodities. Um “risk-off” deve ser negativo para os ativos de EM, mas talvez as moedas de G3 acabem sendo favorecidas neste cenário, especialmente o EUR, cuja a posição técnica é muita vendida. Em um ambiente de zerada de posições, os invetidores encerram posições nos ativos que detem, neste caso, Long bolsas globais, short EUR e, mais recentemente, ativos EM e commodites.
Como escrito mais cedo, acredito que os ruídos em relação a Grécia devem aumentar nos próximos dias, tornando os ativos de risco mais sensíveis ao assunto. Não descarto a possibilidade de um “risk-off” pontual com o tempo para um acordo se esgotando, sem que hajam avanços concretos nas negociações. A piora dos ativos de risco, em especial uma relevante queda na bolsa do país e abertura de taxas de juros dos bonds locais, pode acabar sendo um importante “empurrão” para os policy makers acelerarem o este processo.
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