Agenda recheada

price-action desta manhã está dando continuidade aos movimentos verificados durante a quinta-feira. O USD está forte contra EM, porém fraco em relação a G10. As bolsas da Europa e EUA estão em alta, com as bolsas norte americanas atingindo novos highs históricos. Uma boa temporada de resultados corporativos parece estar sendo o principal suporte para o mercado de renda variável norte americano. O mercado de juros nos EUA apresenta leve abertura de taxas, com as commodities operando em queda durante essa manhã.

A agenda do dia será relevante, com destaque para o Durable Goods Orders nos EUA, as reuniões para definir o futuro da Grécia na Europa (com as expectativas já bastante reduzidas de qualquer tipo de acordo) e os números de crédito no Brasil.

Continuo vendo o mercado em um período de consolidação. Acredito que, em breve, a economia norte americana irá apresentar sinais de recuperação, o que irá ajudar a retomada das tendências no começo do ano (USD forte, abertura de taxas de juros, pressão sobre ativos de EM, commodities em queda e etc). Neste momento, é difícil afirmar até onde a janela de correção/consolidação dessas tendências irá prevalecer, mas acredito que nos próximos 2 a 3 meses a recuperação do crescimento dos EUA ficará mais evidente, ao mesmo tempo em que a economia da China irá confirmar um crescimento estrutural mais baixo.

Europa – O IFO na Alemanha – um dos principais indicadores de confiança de toda a Europa – saiu de 107.9 para 108.6 pontos em abril, acima das expecatibas de alta para 108.4. Assim como no ZEW, o índice de situação corrente passou de 112.0 para 113.9, enquanto o indicador de expectativas caiu de 103.9 para 1043.5 pontos. As expectativas de uma política monetária agressiva, queda de taxas de juros de mercado e do EUR, além da alta nas bolsas da região estão sendo importantes pilares de recuperação da confiança corrente, assim como observamos nos últimos anos nos EUA. Contudo, os ruídos em torno da Grécia parecem estar afetando, ainda minimamente, as expectativas para o futuro próximo. De qualquer maneira, salvo um erro de cálculo muito grande nas negociações junto a Grécia, a região parece bem posicionada para a continuidade de um processo de recuperação econômica.

Brasil – As ativos locais devem continuar digerindo o balanço da Petrobras e as expectativas para o Copom. Nos atuais níveis de preço, desconfio que devam ficar um pouco mais sensíveis ao ambiente externo. Após os recentes discursos do BCB, o mercado precifica altas de 50bps+35bps+20bps nas próximas reuniões do Copom. Uma decisão diferente de uma alta de 50bps na próxima reunião parece impensável neste momento. A despeito de eu ainda ver o BCB próximo do fim do ciclo de ajuste de juros, entendo a interpretação do mercado. Dado o aparente conforto de Tombini e Cia. com esta interpretação, parece que realmente a intenção era de sinalizar uma postura mais dura no tocante a política monetária no curto-prazo. Ainda vejo um cenário em que o BCB busque encerrar o ciclo de alta de juros em breve (cenário base de 50bps+25bps), e manter um discurso sinalizando a manutenção de taxas elevadas por um período mais longo de tempo. A curva segue bastante inclinada negativamente, nos níveis  mais baixos dos últimos meses. Acredito que o BRL esteja em um período de consolidação, mas abaixo de 3.00 a assimetria na compra do USDBRL volta a ficar atrativa. Como é difícil saber até onde este movimento pode atingir (2.90/2.95 !?!), me parece prudente montar a posição em etapas.

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