Alívio de curto-prazo
Os mercados seguiram a
dinâmica dos últimos dias. Com o Durable Goods Orders nos EUA vindo abaixo das expectativas, a sexta-feira foi de USD fraco,
fechamento de taxa de juros nos EUA e leve alta das bolsas. A despeito dos
ruídos na Grécia, as bolsas da Europa tiveram um dia de alta, com as
commodities em queda.
No Brasil, os dados de crédito confirmaram um quadro de política
creditícia mais restritiva. Os ativos locais seguem em “stop mood”, ou seja, bolsa em alta, USDBRL em baixa e abertura de
taxa de juros, movimentos contrários ao posicionamento dos investidores.
A semana que vem será extremamente
relevante, com decisão do Copom e do FOMC.
No cenário externo, o
PIB do 1Q parece que será ainda mais baixo do que o esperado até poucos dias
atrás. Uma recuperação no segundo trimestre ainda é esperada, mas os dados de
abril precisam começar a mostrar, ou pelo menos sinalizar, nesta direção.
No Brasil, os mercados
foram de extremo pessimismo para extremo otimismo. A posição técnica parece
estar fazendo um preço desproporcional neste momento, em todas as classes de
ativos locais. Tendo a acreditar que, em breve, o cenário externo voltará a
fazer preço de forma maior nos ativos brasileiros, especialmente no BRL e na
Bolsa. A curva de juros deverá seguir as sinalizações do BCB.
Ainda vejo os ativos de
risco em um momento de consolidação. O curto-prazo mostrou um claro alívio para
algumas classes de ativos, como é o caso dos emergentes e commodities, com o
Brasil apresentando recuperação a reboque deste movimento. Ainda não vejo
motivos concretos para acreditar que isto seja o começo de uma nova tendencia.
Estarei em busca de sinais de preço, posição técnica e/ou cenário para
reavaliar esta visão. Por hora, não vejo assimetrias claras e/ou tendências bem
definidas.
Tenho uma certa
preocupação com os desenvolvimentos na Grécia
e com o cenário de crescimento na China.
Por hora, estes vetores não estão afetando os mercados, mas podem causar
volatilidade nos próximos dias.
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