Update

Sem grandes novidades ao longo do dia, e como uma agenda esvaziada, os ativos de risco parecem estar se ajustando para uma semana de agenda cheia, que pode definir o cenário econômico global e a dinâmica de curto-prazo para os ativos de risco.

No Brasil, após uma semana passada de desempenho relativo mais positivo, a semana começou com o BRL fazendo parte do ajuste que não havia sido feito na semana passada. A depreciação de 1.5% da moeda acabou afetando a curva de juros que, contudo, mostrou desempenho satisfatório. O patamar de 3.07-3.08 tem mostrado um grande suporte para o USDBRL, assim como o nível de 13.00% no Jan17. A curva nominal de juros teve um dia de leve abertura de taxa e pequeno steepening, condizente com o movimento do câmbio. O mercado segue precificando, a grosso modo, altas de 40bps+25bps+15bps+5bps nas próximas reuniões do Copom. Mantenho minha visão de estar aplicado na curva curta nominal e na curva longa real de juros, em conjunto com posições compradas em USDBRL.

Nos EUA, as vésperas de uma semana carregada de indicadores macro e de uma agenda de resultados micros relevantes, o patamar de 2.100 se mostrou, mais uma vez, como uma grande resistência para o S&P500, mesmo com o bom desempenho das bolsas na Ásia e na Europa. O dia foi de fechamento de taxas de juros no país, em um leve movimento de “risk-off”.

Na Europa, com a proximidade do limite de caixa na Grécia, os ruídos em torno do país parecem estar aumentando. Mesmo vendo um default como um “evento de cauda”, os mercados podem ganhar volatilidade nos próximos dias, até que uma solução seja anunciada. Ainda vejo uma solução intermediária como o mais provável. Contudo, para aqueles com visão contrária, as puts de bolsas europeias apresentam vol implícita baixa, se mostrando um bom e prudente instrumento de hedge para uma eventual ausência de acordo.

Os dados da balança comercial da China, mesmo que distorcidos devido ao Ano Novo Novo Lunar, não alteraram o cenário desafiador de crescimento por que passa o país. Não a toa, os ativos dependentes da demanda chinesa continuam sua longa tendência de queda, como é o caso da Vale (e demais mineradoras) e das moedas ligadas a commodities, como BRL, AUD e NZD.






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