Novo “high” das bolsas Americanas. Europa sofre. Reforma avança no Brasil.


A terça-feira foi de alta para os índices de bolsa dos EUA, que atingiram seus maiores níveis históricos. O movimento foi sustentado, e justificado, por uma rodada de resultados corporativos mais positivos em meio a um pano de fundo de crescimento ainda saudável e um banco central menos restritivo desde o início do ano.

A despeito deste otimismo nos EUA, as bolsas da Europa fecharam em queda ontem e apresentam queda essa manhã, após uma noite de pressão negativa nas bolsas da Ásia.

Os sinais econômicos na Europa seguem negativos e preocupantes, o que justificou ontem mais uma rodada de queda do EUR – que voltou ao patamar próximo a 1.12 contra o USD – uma abertura dos spreads das economias periféricas e a pressão negativa nas bolsas da região.

Hoje pela manhã, o IFO – um dos principais indicadores de confiança da Alemanha – ficou abaixo das expectativas do mercado e apresentou nova queda, mostrando um quadro de fragilidade e total ausência de estabilização da economia da Europa.

No portfólio tático gosto de compra de vol de EUR (compra de call + compra de put), além de posição tomada em spreads de Itália e Espanha, como um hedge para este cenário desafiador de Europa.

A agenda do dia será relativamente esvaziada, com indicadores econômicos apenas secundários.

No Brasil, a CCJ aprovou o texto base da Reforma da Previdência, em um importante passo no processo de aprovação da Reforma. As notícias sobre este tema (vide abaixo alguns links) são hoje mais positivas.

Deixo aqui os comentários de Juliano Ferreira, estrategista da BGC Partners, em relação a este avanço, comentários os quais concordo e estão muito bem escritos:

Placar elástico da CCJ, com unanimidade no bloco da maioria, pode ser tomada como o MAIOR RECADO que o centrão pode dar ao governo sobre governabilidade. Podemos considerar esse como o melhor sinal de que os votos para aprovar a reforma da previdência estão lá, prontos p/ integrar a base do governo. Basta que o governo siga dialogando e integrando partidos em seu “projeto” de governo. Discursos durante os encaminhamentos, pregando responsabilidade com o país ao votar pela reforma, também podem ser percebidos como positivos. Da mesma forma, a desidratação (inédita nessa fase) é a sinalização de que se o governo interromper esse canal de diálogo, se retomar o caminho do distanciamento, de negação à classe política, poderá sofrer duras derrotas. O legislativo piscou para o governo.

Minha visão sobre este tema segue inalterada. Acredito na aprovação de uma Reforma com economia na ordem de R$650-750bi em 10 anos. Acredito que o processo será longo e tortuoso, permeado por ruídos e volatilidade dos mercados. Contudo, vejo um desfecho que será lido como positivo para o país e para os ativos brasileiros.


Segundo o Valor, Maia pode acelerar a criação da comissão especial para avançar no tema: https://www.valor.com.br/politica/6223389/maia-acelera-instalacao-de-comissao-especial-da-previdencia.

Sigo gostando de alocações balanceadas porém compradas em ativos no Brasil (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/04/sugestoes-de-alocacaoportfolio.html).


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