Daily News – China volta a desacelerar. Europa surpreende positivamente. Relação política no Brasil mostra avanços.


As bolsas globais estão abrindo a terça-feira em tom levemente negativo. Destaque para as quedas na Ásia e na Europa. Os índices futuros nos EUA operam próximos a estabilidade neste momento – a despeito do fraco resultado da Google após o fechamento do mercado, que levou a uma queda de 6% das ações no “after-market”. As commodities operam majoritariamente em alta e o dólar levemente mais fraco. O destaque da noite ficou por conta do PMI na China. Veja abaixo:

Os PMI Manufacturing da China apresentaram queda em abril, revertendo parte da alta verificada em março. Os números mantiveram-se acima do patamar de 50 pontos e sua abertura mostrou um quadro qualitativo mais positivo (vide gráficos abaixo).

De maneira geral, o número confirma um cenário de estabilização do crescimento, mas em um patamar que ainda emana sinais de fragilidade. Continuo agnóstico na possibilidade de uma estabilização do crescimento no curto-prazo, o que acredito que seja o cenário base, mas tenho enormes receios de que está estabilização seja apenas cíclica e uma nova rodada de desaceleração possa ocorrer no segundo semestre do ano.



Fonte: Goldman Sachs / Bloomberg

Na Europa, o PIB apresentou alta acima das expectativas, subindo 0,4% no primeiro trimestre do ano, contra expectativas de 0,3% e um crescimento de apenas 0,2% no trimestre anterior. O número de hoje ajuda a afastar o receio de uma rodada ainda mais acentuada de desaceleração, mas ainda está longe de alterar significativamente o pano de fundo de extrema fraqueza da economia. Continuo vendo a região como o grande risco para a economia mundial e seus mercados financeiros, mas entendo que – até mesmo estatisticamente – podemos passar por alguma acomodação de curto-prazo.

Fonte: Eurostat

No Brasil, não há novidades relevantes. A relação entre o Governo Bolsonaro e Rodrigo Maia parece estar melhor. Os indicadores de crescimento ainda decepcionam negativamente, mas o quadro estrutural da inflação e das contas externas segue saudável. As contas públicas (Fiscal) ainda preocupam, mas o avanço da agenda de reformas deveria ajudar a sustentar este lado da economia.

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