Daily News - EUA saudável, recuperação na China e melhora do diálogo político no Brasil.
A
sexta-feira foi um dia de bom desempenho para os ativos de risco, a despeito de
uma leve realização da bolsa no Brasil. O principal vetor de sustentação da
alta nos índices de bolsa dos EUA, que atingiram um novo pico histórico, em sua
maioria, ficou por conta do PIB dos EUA.
O PIB
do primeiro trimestre do ano nos EUA apresentou alta de 3,2% anualizado, muito
acima das expectativas. A alta pode ser considerada positiva e acima das
expectativas. Contudo, a composição do crescimento mostra que parte relevante
da alta ficou por conta de vetores pontuais e sazonais, como Exportações e Estoques,
que não serão repetidos no futuro. O impacto do “shutdown” foi visível, mas
insuficiente para pressionar o crescimento negativamente.
O número
está em linha com um pano de fundo de curto-prazo ainda saudável para a
economia dos EUA, o que continua a dar sustentação a volatilidades baixas, alta
das bolsas, um dólar mais forte e etc, no que me parece um “interregno benigno”
marcado por expectativas de “Goldilocks”. Sigo aproveitando este momento para
recomendar a adição de hedges nos portfólios e a manutenção de carteiras mais
balanceadas devido ao risco/retorno pouco atrativos nos ativos internacionais nos
atuais níveis de preço.
Na China, o Industrial Profits divulgado
este final de semana apresentou forte alta em março. O número está totalmente em
linha com a recuperação verificada nos PMIs. Estamos diante de uma
estabilização do crescimento chinês. Ainda tenho dúvidas de que a estabilização
serão cíclica ou estrutural, mas estou agnóstico em acreditar que possamos
passar por alguns meses (2 a 4 meses) com dados um pouco mais positivos
provenientes do país. Ainda tenho enorme receio de que estruturalmente a China
possa apresentar uma desaceleração mais estrutural, com risco de um crescimento
mais baixo de forma mais acentuada em algum momento dos próximos meses ou anos.
No Brasil, há sinais de uma melhora na
relação entre o Governo Bolsonaro e o Congresso. Ainda estamos anos luz de uma relação
harmoniosa, mas parece haver um primeiro passo na direção de um caminho mais saudável
e positivo em prol da agenda econômica.
Comentários
Postar um comentário