Daily News – Petrobrás em destaque. Acordo entre China e EUA apresenta ruído. Indicadores técnicos.


Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom de relativa estabilidade. Neste momento, observamos uma leve alta dos índices futuros de bolsa nos EUA, uma leve queda na Europa e um desempenho que foi misto na Ásia. O dólar opera com leve viés de enfraquecimento no mundo. O destaque fica por conta de uma queda quase que generalizada nas commodities. Veja abaixo os destaques do dia:

No Brasil, na sexta-feira à tarde, a Petrobrás, anunciou mais um passo em seu plano de desinvestimento. Com a possibilidade de cerca de US$15bi de vendas a serem feitas, a empresa pode acabar com o monopólio de refino e reduzir sua dívida, de maneira rápida e acentuada, para menos de 1,5x EBITDA. O plano foi muito bem recebido pelos “sell-sides” e deve ser lido como mais um importante e positivo passo na direção do rearranjo da empresa. Vejo como positivo para as ações e os títulos de dívida da companhia.

No final de semana já comentei sobre os avanços no campo do diálogo político local (aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/04/flash-news-previas-das-eleicoes-na.html).

Nos EUA, com uma recuperação da economia após a aparente desaceleração do começo deste ano, surgem ruídos de que os EUA possam ser mais duros nas negociações comerciais com a China.  Ainda vejo um cenário base de que um acordo deve ser anunciado. Acredito, contudo, que grande parte disso já esteja precificado. A ausência de um acordo pode trazer imensa instabilidade aos ativos de risco (vide aqui: https://www.bloomberg.com/news/articles/2019-04-29/u-s-china-talks-to-resume-as-world-awaits-trump-xi-meeting-date?srnd=premium).

Na Europa, os números de agregados monetários apresentaram recuperação em março. Este é um primeiro sinal, ainda muito incipiente, de tentativa de estabilização da economia da região. Continuo extremamente preocupado com o cenário econômico para a região, mas entendo que uma estabilização cíclica dos números possa ocorrer nos próximos meses, por questões normais de ciclo econômico.

*M1 rose 7.4% YoY in March (highest since June 2018 and up from 6.6% in Feb.)
*On average, real M1 (adjusted for inflation) rose 5.3% YoY in 1Q19 (up from 4.9% in 4Q18) suggesting that real GDP YoY should rebound in 2H19 (after weakening in 1H19).



Alguns temas trazidos pela mídia no final de semana irão demandar uma análise mais profunda ao longo desta semana. Primeiro, a possibilidade de corte de juros nos EUA devido a baixa inflação (mesmo sem recessão), a pressão em cima da Alemanha para uma política fiscal mais expansionista e, finalmente, o risco/retorno dos ativos de risco.

Neste último quesito, reforço aqui minha visão de que o cenário internacional de curto-prazo é positivo, um “interregno benigno” marcado por um pano de fundo de “Goldilocks”. Contudo, há sinais de excesso, com valuations “esticados”, excesso de “shorts no VIX” e baixa exposição “short” nas ações, entre vários outros indicativos (vide abaixo).




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