Payroll, EM, IPCA and Beyond!
Os
dados de emprego da economia dos EUA em novembro mostraram alguma
desaceleração, talvez o termo correto seja acomodação, mas ainda em patamar
saudável. A taxa de desemprego permanece baixa, a criação de vagas de trabalho
ainda está acima do potencial e as pressões de salários existem, mas não
mostraram aceleração adicional.
Os números de hoje reforçam um quadro de “goldilocks” no curto-prazo, o que tenho chamado de “equilíbrio instável”, que tem impactos não muito triviais para os ativos de risco nesta fase do ciclo econômico.
Os números de hoje reforçam um quadro de “goldilocks” no curto-prazo, o que tenho chamado de “equilíbrio instável”, que tem impactos não muito triviais para os ativos de risco nesta fase do ciclo econômico.
O equilíbrio é instável
pois menor crescimento significa menos aperto monetário. Porém, caso a
desaceleração seja acentuada, o cenário se torna mais desafiador. Me parece que
ainda estamos na fase do ciclo de uma desaceleração natural, saudável, mas o
mercado já começa a precificar, ou se preocupar, com uma desaceleração mais
acentuada à frente.
O que estamos vendo hoje, e talvez nas últimas semanas, com um desempenho mais positivo de EM e commodities, por exemplo, em detrimento à DM, Tech, entre outros, é apenas uma consequência deste cenário e da posição técnica do mercado.
Eu continuo acreditando que os Mercados Globais devem continuar nesta toada em 2019. Vejo muitas oportunidades em posições táticas e em busca de “alpha”, via setores, regiões, classes de ativos e gestores, em detrimento a busca por “beta”, “momento”, “crescimento” e afins, como imperou nos 10 anos desde a crise de 2008.
No Brasil, o IPCA de novembro ficou bem abaixo das expectativas, com deflação de mais de 0,20% no mês e com a comparação interanual em torno de 4%. O cenário inflacionário continua bastante benigno, se colocando como mais um vetor positivo para a economia do país, além daqueles já citados neste fórum nos últimos meses.
O que estamos vendo hoje, e talvez nas últimas semanas, com um desempenho mais positivo de EM e commodities, por exemplo, em detrimento à DM, Tech, entre outros, é apenas uma consequência deste cenário e da posição técnica do mercado.
Eu continuo acreditando que os Mercados Globais devem continuar nesta toada em 2019. Vejo muitas oportunidades em posições táticas e em busca de “alpha”, via setores, regiões, classes de ativos e gestores, em detrimento a busca por “beta”, “momento”, “crescimento” e afins, como imperou nos 10 anos desde a crise de 2008.
No Brasil, o IPCA de novembro ficou bem abaixo das expectativas, com deflação de mais de 0,20% no mês e com a comparação interanual em torno de 4%. O cenário inflacionário continua bastante benigno, se colocando como mais um vetor positivo para a economia do país, além daqueles já citados neste fórum nos últimos meses.
Continuo
favorecendo uma postura mais positiva em EM, especialmente em Brasil, no
curto-prazo (e ainda uma visão mais positiva de médio-prazo), mas mantendo uma
postura mais cautelosa, buscando hedges
e operações táticas, no mercado internacional.
Ainda
vejo a economia dos EUA saudável, mas permaneço bastante preocupado com os
sinais emitidos pelos mercados americanos (inclinação da curva de juros, nível de
taxas, performance relativa dos setores mais defensivos e etc). Vejo riscos
mais agudos no tocante ao crescimento da China e algum desconforto com Europa.
Os emergentes parecem passar por um interregno benigno, mas com diversos
problemas idiossincráticos que, volta e meia, retornam ao radar. A bolsa da vez
é o México, com a postura do novo governo eleito.
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