Sem luz no fim do túnel...

Os ativos de risco estão abrindo a sexta-feira novamente em tom mais negativo, liderados pelas quedas nas bolsas globais. O S&P segue abaixo de 2.500 pontos a despeito de um rally no final da tarde de ontem.

O governo Trump e o Congresso não chegaram a um acordo para o orçamento e uma paralização do governo (shutdown) pode ocorrer os próximos dias. Geralmente, esses problemas são pontuais, de curta-duração, baixo impacto econômico e apenas pequeno impacto nos mercados. Acredito que deste vez será semelhante. Contudo, como estamos em um ambiente mais fragilizado, o impacto pode ser um pouco mais acentuado ou duradouro.

Nos EUA, o Secretário de Defesa do país pediu demissão de seu cargo, após desentendimentos com Trump devido ao anúncio da retirada das tropas americanas da Síria. Alguns artigos em respeitados jornais americanos apontam Mattis como uma figura importante no governo e uma perda relevante para a Casa Branca.

É inegável que o Governo Trump passa por um momento mais delicado, que eventualmente poderá desembocar em uma popularidade mais baixa. Este pano de fundo, alinhado a posição técnica do mercado, pode justificar um dólar mais fraco, no curto-prazo, contra as moedas de G10.

Ainda no cenário internacional, as relações entre os EUA a China, a despeito de melhores, ainda mostram ruídos, com a prisão de executivos e acusações de espionagem.

Na China os dados de fluxo mostraram uma saída de cerca de US$25bi do país em novembro. Ainda existe uma pressão sobre o país no tocante a saída de recursos em meio a um ambiente de desaceleração da economia. Acho que ainda existe uma tendencia para a depreciação do CNY.

Não há novidades relevantes no Brasil.

A agenda econômica de hoje será agitada, com IPCA15 no Brasil e dados como PIB e Durable Goods nos EUA.


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