Nebulosidade do cenário permanece. Brexit, Casa Branca e Reforma Tributária no Brasil.


O final de semana, até o momento, trouxe poucas novidades ao cenário econômico. Comentarei breves notícias que, no âmbito geral, pouco mudam o pano de fundo que já foi bastante comentado neste fórum no final de semana passada (vide aqui para detalhes da minha visão e recomendações: https://mercadosglobais.blogspot.com/).

A situação na Inglaterra continua tensa e indefinida. As notícias continuam desencontradas e sinalizando dificuldades em atingir um acordo para a definição do Brexit. Este evento continua a ser um vento contrário ao cenário. Minha visão, de baixa convicção, é de que caminho será longo e tortuoso, mas em algum momento uma solução será encontrada.

Nos EUA, a Casa Branca continua a promover mudanças em sua composição. Além de mudanças em sua estrutura, Trump continua caminhando em uma linha tênue com ex-assessores e/ou advogados enfrentando a justiça e algumas condenações já anunciadas. Este tipo de questão tende a enfraquecer o governo e colocar alguns empecilhos para novas medidas econômicas estruturais.

No Brasil, chamaria a atenção apenas para uma matéria do O Globo que comenta o que está em estudo pelo novo governo em termos de taxação (passagem abaixo). A equipe econômica montada por Bolsonaro é bastante competente, mas os desafios de colocar o país na rota da prosperidade são grandes, em especial no tocante a implementação de reformas econômicas que dependem do Congresso e do entendimento da população:

A futura equipe econômica ainda não detalhou qual modelo de reforma tributária será apresentado ao Congresso no governo de Jair Bolsonaro. A tarefa está principalmente nas mãos do economista Marcos Cintra, indicado para comandara Secretaria Especial de Receita Federal no superministério da Economia liderado pelo economista Paulo Guedes. Na mesa de negociações, o grupo se divide sobretudo entre duas ideias para simplificar impostos: a adoção do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e a criação de um tributo único sobre movimentação financeira. O último é defendido mais enfaticamente por Cintra, justamente por considera-lo como o mais eficaz para lidar coma economia digital. Em artigo publicado em outubro, ainda no período eleitoral, o economista destacou que adotar o IVA seria “desastroso”, por considerar que o sistema não resolveria a burocracia tributária. Uma das propostas em análise substituiria cinco impostos, incluindo ICMS e ISS, pelo IVA. A base, no entanto, continuaria a mesma do atual sistema: o valor agregado, ou seja, bens e serviços produzidos.

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