Sinais de cautela persistem no cenário internacional.


As bolsas globais estão devolvendo parte relevante dos ganhos verificados ontem, a despeito de um dólar mais fraco no mundo e da sustentação da alta do complexo de commodities, liderados pelo Petróleo.

Segundo a mídia internacional, os EUA colocaram Robert Lighthizer, um linha dura em relação as relações comerciais com a China, para negociar um acordo mais duradouro entre os dois países (https://www.wsj.com/articles/trump-says-u-s-china-relations-have-taken-big-leap-forward-1543847551?mod=hp_lead_pos2). Além disso, uma série de artigos nos jornais internacionais comentam a respeito da incerteza das negociações e da ausência de detalhes do acordo que foi selado para o primeiro trimestre de 2019.

A despeito da janela positiva que eu tenho comentado, alguns sinais dos mercados globais inspiram cautela. É por essas e outras questões que tenho recomendado um portfólio que ainda seja composto por alguns hedges, como Ouro, JPY e posições táticas, após eventuais rallies, na venda de S&P, JNK e HYG e eventuais estruturas de opção no dólar (BRL) para prazos mais longos. Tenho reforçado a necessidade de um portfólio líquido e uma administração ativa das posições. Primeiro, o S&P falhou em romper o patamar de 2,800 pontos ontem, mostrando que a região entre 2.800 e 2.850 terá dificuldades em ser superada e se mostrando um bom ponto de venda. Segunda, a curva de juros nos EUA mostra imensa dificuldade em se estabilizar. Além do 10yrs operar abaixo de 3% novamente, já vemos um movimento de inversão da curva em alguns vértices, o que mostra um mercado cada vez mais convicto no encerramento do ciclo de alta por parte do Fed.

A França passa por um momento político conturbado, com uma série de protestos na capital da cidade. A postura da sociedade mostra as dificuldades de aprovação de uma agenda reformista mais agressiva. Macron já anunciou que irá suspender um aumento de impostos sobre combustíveis que fazia parte de sua agenda. Este pano de fundo, a despeito de ser muito específico do país, na minha visão, pode rimar com a situação de outros países. Não basta um governo reformista, com disposição de implementar medidas econômicas na direção correta. A sociedade precisa estar convencida de que as medidas são o melhor caminho e, só assim, a agenda conseguirá ser de fato implementada.

No Brasil, o fluxo de noticias segue sem grandes novidades, exceto pelo debate em relação ao tamanho do apoio que Bolsonaro terá no Congresso (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/12/de-10-medidas-defendidas-por-paulo-guedes-nove-dependem-do-congresso.shtml).

Na agenda do dia, destaque para a Produção Industrial no Brasil.

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