Ruídos de curto-prazo mantêm o cenário nebuloso.

O final de semana, até agora, está sendo marcado por alguns ruídos pontuais e localizados que, se não alteram substancialmente o cenário econômico global, trazem alguns ruídos de curto-prazo a um cenário já conturbado e fragilizado.

No Brasil, a mídia continua com o foco na questão do ex-assessor de um dos filhos de Jair Bolsonaro que teria apresentado movimentações financeiras atípicas e incompatíveis com sua renda. Continuo vendo esta questão como um ruído de curto-prazo, como tantos outros que já houveram no mundo político local. Não estou fazendo juízo de valor sobre a questão, muito menos defendendo ou acusando este ou aquele, mas apenas tentando fazer uma leitura fria de como isso deverá afetar o ambiente político e/ou econômico local.

Nos EUA, Trump está promovendo mais uma “sacudida” em seu gabinete na Casa Branca, com a mudança de pessoas chaves. No meio jurídico, alguns de seus ex-assessores voltam ao foco da mídia após o avanço das investigações e a conclusão dos processos jurídicos contra eles. De certa forma, mostra algum enfraquecimento político de Trump, em meio a um cenário mais incerto para os ativos americanos, vetor que costuma ser bastante acompanhado pelo presidente dos EUA.

Em relação a China, o país adotou um tom bastante duro em relação a prisão da CFO e filha do fundador de uma das maiores empresas de tecnologia do país. A China avisou ao Canada, país em que a executiva está presa, de que caso ela não seja solta, o canada irá pagar um preço caro pela empreitada. No final da semana passada, as acusações formais contra ela foram anunciadas. Aqui, fica difícil vislumbrar um cessar-fogo, ou uma resolução da “guerra comercial”, de maneira mais estrutural e duradoura, com este novo vetor no cenário.

Na França, protestos ainda maiores e mais agressivos foram verificados em Paris. Macro se encontra em situação bastante delicada. Sua agenda reformista está em xeque. Os eventos no país mostram a dificuldade que todos os países encontram em adotar medidas mais agressivas e reformas mais estruturais em meio a uma sociedade que ainda pouco entende ou aceita a necessidade de reformas para o bem-estar do país no longo-prazo.

No tocante ao Petróleo, a OPEP+Rússia anunciaram um corte de certa de 1,2mm de barris por dia, o que já ajudou a estabilizar os preços da commodity no final da semana passada.

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