Risk-on!

O dia foi de forte recuperação das bolsas dos EUA, em um movimento típico de “bear market rally”. Eu vinha insistindo que o mercado parecia excessivamente pessimista no curto-prazo e que um “rebound” era de se esperar. O movimento demorou alguns dias, mas acabou acontecendo. Já estava parecendo uma vitrola quebrada com meu discurso...

Não houve mudanças relevantes de cenário. O movimento me parece puramente técnico, assim como a queda dos últimos dias, exacerbado pela iliquidez do final do ano.

Acredito que podemos ter alguma estabilização do humor no curto-prazo com o S&P, por exemplo, podendo buscar o patamar de 2.600/2.650 pontos. Contudo, ainda vejo um cenário econômico global desafiador em termos estruturais. Assim, continuo recomendando um portfólio mais relativo do que direcional.

Na ponta otimista, ainda vejo alguns ativos no Brasil e nos países emergentes como boas alocações. Na ponta negativa/hedge, estou olhando com carinho posições vendidas em USD contra alguns pares de G10, assim como o Ouro e alguns spreads de bonds na periferia da Europa. Nos atuais níveis de preço e volatilidade implícita, prefiro esperar algum rally antes de recomendar hedges em estruturas de opções em ações, HY e afins.

Para quem tem visão de longo-prazo e alocação, recomendo fundos de maior busca por “alpha”, fundos de “valor” em detrimento a “momento” ou “crescimento”. Gestores que se apropriam melhor de movimentos táticos do que de grandes tendências tendem a mostrar melhor desempenho no ambiente atual. O desafio é ter acesso a eles.

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