Sinais de fragilidade permanecem.

Mercados Globais - Sinais de fragilidade permanecem.

Os ativos de risco estão apresentando alguma estabilização, com os índices de bolsa globais um pouco mais estáveis essa manhã. O movimento de estabilização é normal após a forte presão verificada ontem, mas está longe de representar um sinal claro de que o pior tenha ficado para trás. Inclusive, ainda há claros sinais de fragilidade, como a queda do petróleo (WTI abaixo de $50 novamente) e um JPY mais apreciado no Japão.

Mantenho minha visão mais cautelosa, sabendo que teremos volatilidade pela frente. Acredito que o viés seja mais negativo, mas em algum momento poderemos ver um "relief rally”de curto-prazo. Não acho que seja para tentar alocar visando este movimento, porém ter os olhos no horizonte de médio e longo-prazo, cujo cenário econômico e os sinais técnicos de mercado se mostram mais desafiadores/negativos.

Neste momento, não tenho convicção para afirmar qual serão os vetores que poderão trazer estabilização mais estrutural aos ativos de risco, mas elencaria entre eles: um sinal claro de estabilização do crescimento global e/ou bancos centrais mais dovish no mundo (especialmente nos EUA) e/ou medidas mais agressivas de alivio monetário, fiscal e creditício na China e/ou preços e valuations muito mais atrativos nos ativos de risco e/ou uma posição técnica mais favorável.

O fluxo de notícias em relação a ontem a noite foi mais esvaziado. Na agenda do dia, destaque para a Ata do Copom no Brasil logo cedo, onde poderá ficar mais claro a visão e as perspectivas do BCBB após uma reunião e um comunicado do Copom que foi lido e percebido como bastante dovish pelo mercado, visão o qual eu compartilhei neste fórum.

No Brasil, o STF marcou para abril de 2019 o julgamento referente a prisão após condenação em segunda instância, evento que poderá ter impacto relevante na prisão do ex-presidente Lula e, eventualmente, algum impacto no cenário político local.

O BTG Pactual, um dos mais respeitados sell-sides de renda variável no Brasil e no exterior, soltou relatório mantendo o otimismo em relação a bolsa local:


We are bullish on Brazilian equities, based on our view that the Ibovespa is relatively cheap (trading below historical average) and under-owned (low allocations by foreigners and locals) and that the economic recovery may (finally) accelerate in 2019.

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