Alta volatilidade externa. Mercado fecha com sinalização técnica positiva. Confiança merece atenção.
Os ativos de risco operaram sob forte pressão ao longo de todo o dia,
mas os índices de bolsas dos EUA apresentaram rápida e acentuada recuperação no
final da tarde, fechando o dia em alta.
Tecnicamente, o movimento de hoje coloca o mercado em uma situação mais
positiva e saudável, confirmando a possibilidade de uma estabilização de
curto-prazo que comentei ontem e hoje (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/12/fragilidade-ainda-presente-bear-market.html
e aqui https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/12/risk-on_26.html).
Não houve mudanças relevantes no Brasil, que seguiram o movimento
externo, mas mantendo a tendência de um desempenho relativo sempre melhor que
os demais ativos externos, ajudado pelo cenário cíclico positivo que comentei
essa manhã.
No campo econômico, nos EUA, o Jobless Claims mostrou estabilidade em
patamar ainda saudável, que confirma um mercado de trabalho relativamente
robusto. O destaque do dia ficou por conta de uma queda mais acentuada do
Consumer Confidence.
A queda superou as expectativas do mercado, o que é natural após a forte
depreciação dos ativos de risco ao longo das últimas semanas. O consumidor
americano é bastante sensível aos preços das ações, pois parte relevante do
estoque de riqueza do país está investido nesta (e em outras) classes de
ativos. Assim, momentos de queda das bolsas geram aperto das condições
financeiras, menos otimismo e, consequentemente, menos crescimento, podendo se
tornar uma “profecia autorrealizável”. A queda no Consumer Confidence deste mês
ainda é módica, seu patamar ainda é considerado elevado e saudável, mas será
importante acompanhar este indicador nos próximos meses.
Comentários
Postar um comentário