Update

O dia trouxe poucas novidades relevantes para o cenário econômico, mas uma dinâmica de mercado que mostra um pouco o viés do mercado (que pode ter sido extrapolada por fluxos de final de mês).

Na Europa, os dados mais positivos de inflação e taxa de desemprego deram sustentação adicional ao EUR. A moeda atingiu novo pico para este ciclo econômico, acima de 1,18.

Nos EUA, destaque para uma grande rotação que está ocorrendo entre alguns setores da bolsa local, com queda do setor de tecnologia, muito em função de algum desapontamento de resultados e valuations menos atrativos, em favor do setor financeiro.

No Brasil, ainda segue a máxima de “No News Is Good News”. Um cenário externo ainda tranquilo, com um momento cíclico da economia favorável, continua induzindo a apreciação dos ativos locais.

Na Ásia, a despeito do arrefecimento do PMI Manufacturing da China em julho, vimos mais uma rodada de elevação nos preços das commodities metálicas não preciosas.

Minha visão segue inalterada. No Brasil, tenho poucas convicções direcionais e estruturais no Ibovespa e no BRL. Continuo gostando da parte curta da curva local de juros, mas focado em estruturais de opções que julgo assimétricas. Continuo gostando de exposição a parte intermediária da curva de inflação implícita.

No cenário externo, ainda vejo espaço para a abertura das taxas de juros longas em alguns países de G10. Vejo espaço para alguma exposição comprada em volatilidade em algumas classes de ativos. Estou sem visão clara em FX, buscando alguns casos específicos de alocação.

De maneira geral, ainda vejo um cenário global relativamente tranquilo e construtivo. Por ora, não há motivos para grandes preocupações e/ou rupturas. Contudo, vejo preços na maior parte dos ativos de risco pouco atrativos e posições técnicas que se deterioram a cada novo dia.



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