Emprego nos EUA ditará a dinâmica dos ativos de risco.
Após uma breve correção das
tendências recentes verificadas no inicio desta semana, os ativos de risco
aparentam estar retomando a trajetória que começa a virar uma nova tendência de
mercado. Neste momento, as taxas de juros voltaram a apresentar abertura de
taxas, o que está colocando leve pressão nas bolsas. O dólar opera sem tendência
definida, e sem movimentação relevante. Nas commodities, o petróleo e as
metálicas não preciosas apresentam alta, enquanto as agrícolas apresentam
queda, revertendo uma pequena parte do movimento recente.
O destaque do dia ficará por conta da
divulgação do ADP Employment e do
Jobless Claims. Acredito que o mercado será bastante sensível a dados mais
positivos no tocante ao mercado de trabalho dos EUA.
No Brasil, poucas novidades relevantes. A mídia afirma que a defesa de
Michel Temer no Congresso enfrenta resistência, e sua situação estaria se
complicando ainda mais. Confesso que já há algum tempo não tenho convicção de
qual seria o melhor cenário político para o avanço (ou não) das reformas
econômicas e para os preços de mercado, se com a permanência de um Governo
Temer claramente enfraquecido, ou com sua substituição, cujo nome ainda não
existe ou poderá ser tão fraco quanto a situação da atual administração.
Assim, tenho mantido um viés de
acreditar que o quadro cíclico da economia pouco se altera em qualquer dos
cenários, exceto por mudanças drásticas de direção da política e da equipe
econômica.
Mantenho
minhas recomendações e posições centrais praticamente inalteradas, mas
promovemos alguns ajustes nos últimos dias. Reduzimos exposição à parte curta
da curva de juros no Brasil, colocando parte dos ganhos no bolso. Além disso, trocarmos
algumas estruturas de opção de juros. Alteramos a posição em juros nominais por
juros reais, e aumentamos a compra de inflação implícita na parte intermediária
da curva. Continuamos levemente vendidos em BRL via estrutura de opção.
Adicionamos uma venda de [AUD+compra de vol]. Mantivemos exposição tomada nos
juros dos EUA e comprada em puts de
S&P.
Comentários
Postar um comentário