Brasil: Situação fiscal demanda cautela.

O destaque desta manhã fica por conta da alta no preço das commodities metálicas não preciosas. Os demais ativos de risco operam em compasso de espera para a decisão do Fed.
No Brasil, os jornais estão dando ampla cobertura às dificuldades que o Governo está enfrentando para fechar as contas públicas deste ano, e cumprir a meta fiscal estabelecida. As opções são cada vez menores e mais arriscadas, como receitas extraordinárias incertas, altas impopulares de impostos e, agora, ganha corpo, a possibilidade de alteração da meta fiscal.
Acredito que a alteração da meta seja extremamente negativa, pois mostra certa perda de poder político de Meirelles e equipe. Além disso, traz novamente a tona um quadro fiscal preocupante e insustentável no longo-prazo, na ausência de reformas estruturantes. De qualquer maneira, tenho dúvidas se os ativos locais irão reagir fortemente a este tipo de “news flow”. Enquanto os mercados externos estiverem tranquilos/construtivos, é difícil de ver uma reação de ruptura dos ativos locais. Podemos observar alguma under-performance em relação aos pares, steepening de curva, aumento de inflação implícita, e etc. De qualquer maneira, este tema voltou ao foco do mercado e deverá ser tratado com a devida cautela.

No cenário externo, destaque para Austrália cujos dados de inflação de junho ficaram abaixo das expectativas do mercado. Membros do RBA voltaram a afirmar que o país segue o seu ciclo próprio de ajuste monetário e não deveria reagir aos demais bancos centrais globais. Neste momento, observamos alguma pressão no AUD e um fechamento de taxa dos juros do país.

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