Brasil: Notícias mais negativas:

O destaque desta manhã fica por conta da alta no preço das commodities metálicas não preciosas. As bolsas da Europa operam em leve alta, com o dólar praticamente estável e os juros nos países desenvolvidos apresentando leve abertura de taxas.
Na Alemanha, o IFO – um dos indicadores de confiança mais importantes de toda a Europa – apresentou mais um mês de alta, atingindo um novo pico para este ciclo econômico. O número continua apontando para um crescimento saudável e robusto no país. Segundo o Morgan Stanley: Above consensus and our expectations, the Ifo headline business climate increased by 0.8 points to 116.0 in July. This print marks another all-time high. The index now stands at 2.0 SD above its LTA. The headline print continues to point to a strong outlook for the remainder of 2017. The headline number was driven by both current conditions as well as expectations. In detail, current conditions improved by 1.3 points to 125.4, which also marks a new record high. In other words, current conditions are now standing at 2.2 SD above LTA. Expectations increased by 0.5 points to 106.8, and continue pointing to an optimistic outlook for the rest of the year.
No Brasil, os jornais de hoje trazem notícias um pouco menos animadoras. Existe a possibilidade do retorno da “Bandeira Vermelha” na energia elétrica, o que poderia adicionar alguns bps na inflação até o final do ano.
Além disso, mesmo com a alta de impostos já anunciada, ainda existe o risco do descumprimento da meta fiscal deste ano. Existe hoje dentro do governo um debate se não é o caso de rever a meta deste ano. Vale lembrar que quando a meta foi estabelecida, existia quase que um consenso que o “rombo” esperado era elevado e seria, de certa forma, fácil atingir a meta deste ano. A realidade está se mostrando mais dura do que o previsto. Isso pode trazer a tona os riscos da ausência de reformas econômicas e fiscais estruturantes.
Segundo matéria de O Globo: O Planalto pressiona a Fazenda a permitir rombo fiscal maior este ano, para liberar recursos a órgãos públicos. O ministro Henrique Meirelles resiste.
BRASÍLIA- O risco real de paralisação completa da máquina pública por falta de recursos (o chamado shut down) levou o governo a começar a discutir uma revisão da meta fiscal de 2017, que hoje é de déficit primário de R$ 139 bilhões. A medida, no entanto, é polêmica. Ela têm o apoio da ala política, mas não do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para quem um aumento do rombo nas contas públicas agora seria um golpe na credibilidade de política econômica. Os interlocutores da Fazenda destacam que, embora tenha feito avanços importantes na área fiscal ao fixar um teto para os gastos públicos, o governo não conseguiu aprovar a agenda mais crucial — a reforma da Previdência — e, portanto, não teria condições de arcar com os custos de alterar a meta, algo que lembra os tempos do PT, num momento de fragilidade política do próprio presidente Michel Temer. Segundo interlocutores próximos a Meirelles, a própria permanência do ministro no cargo poderia ficar condicionada à preservação dos R$ 139 bilhões.
— Se a reforma da Previdência já tivesse sido aprovada, a conversa poderia até ser outra. Mas, sem a reforma, que está cada vez mais distante, mexer na meta é muito ruim — disse um interlocutor do governo, lembrando que o compromisso fiscal é uma bandeira de Meirelles.

Em artigo no Valor: A bandeira tarifária, mecanismo que cobra valor adicional nas contas de luz para sinalizar ao consumidor a necessidade de acionamento de usinas mais caras, pode voltar ao primeiro patamar da cor vermelha em agosto, após dois meses. Esse patamar gera um acréscimo na tarifa de R$ 3,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A possibilidade de acionamento do primeiro patamar da bandeira vermelha se deve à ausência de chuvas no mês de julho, fato que influencia as previsões para a primeira semana de agosto, período de referência para a definição da bandeira tarifária. Especialistas e empresas consultados pelo Valor consideram a possibilidade de o preço de liquidação de diferenças (PLD) - preço de energia no mercado de curto prazo - para a primeira semana de agosto, superar o valor de R$ 422 por megawatt-hora (MWh), que configura o primeiro patamar da bandeira vermelha. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciará na sexta-feira a cor da bandeira de agosto.




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