Update
EUA – Os
dados de emprego divulgados há pouco em nada alteram a recente comunicação do
Fed e, consequentemente, em nada alteram a as perspectivas para a política
monetária do país.
O Fed mudou de postura. Nos atuais níveis de emprego, não
importando volatilidades pontuais dos dados econômicos, eles pretendem manter a
normalização monetária em “piloto automático”. Nesta linha, os dados de hoje
apenas reforçam a visão central do comitê, mesmo que os dados de rendimento
tenham ficado abaixo das expectativas. O Fed está olhando o cenário prospectivo
como positivo, e vendo a atual conjuntura como favorável a continuidade do
processo de alta, mesmo que gradual, da inflação. Suas ações serão, por ora,
guiadas por este cenário, e os números de hoje reforçam este ambiente.
A reação de curto-prazo do mercado pode ser guiada por ajustes
de posições, após uma rodada recente de alta de taxas de juros, pressão nas
commodities e etc. Não acredito que os números de hoje sejam capazes de alterar
as tendências que tenho sinalizado neste fórum recentemente.
Brasil – O
IPCA de junho ficou levemente abaixo das expectativas, confirmando um quadro de
forte desinflação. O Presidente do BCB concedeu entrevista ontem a Miriam
Leitão e suas declarações foram condizentes com a continuidade do ciclo de
queda da Taxa Selic, de forma ainda acelerada. A curva de juros não precifica
este cenário e ainda apresenta um prêmio de risco (de alta de juros) relevante
para o ano de 2018.
O quadro político segue instável, mas na ausência de mudanças na
equipe econômica pouco deve alterar o cenário para a política monetária e/ou
para a curva curta de juros.
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