Brasil: Aumento de impostos
No Brasil, o governo anunciou o tão esperado aumento de impostos sobre
combustíveis. Se, por um lado, a medida já era esperada, por lado, a magnitude
do aumento foi superior as expectativas. Segundo cálculos da nossa área econômica,
o impacto no IPCA deve ser entre 60bps e 70bps. Como a equipe já incorporava
algum aumento de imposto para este ano, a previsão de IPCA para 2017 deverá se
elevar de 3,2% para 3,5%.
Considerando apenas os efeitos de
primeira ordem, a medida deverá ter pouco impacto para política monetária de
curto-prazo. Contudo, a postura do governo traz à luz as dificuldades
encontradas pelo país para atingir as metas fiscais, em um pano de fundo de restrição
via teto do endividamento, pouco espaço para cortes adicionais de gastos e
fraco crescimento da economia (e, consequentemente, da arrecadação). Assim, o
mercado retoma a discussão de que novos aumentos de impostos podem ser
necessários nos próximos anos, na ausência de reformas fiscais mais estruturais
e relevantes, como a Reforma da Previdência.
Na Austrália, um membro do RBA veio a público desfazer um mau
entendido em relação as Minutas da última reunião de política monetária,
apontando para um cenário de estabilidade dos juros que, agora, ficou entendido
como mais dovish do que a mensagem que havia sido entendida no momento de
divulgação das Minutas.. Neste momento, o AUD opera sobre pressão e os juros no
país apresentam fechamento de taxas.
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