Still, all about US Rates...
Os ativos
de risco estão mantendo as tendências que vem sendo regra desde a vitória de
Donald Trump para presidente dos EUA. O dólar voltou a operar em uma trajetória
de alta, suportado por mais uma rodada de elevação das taxas de juros nos EUA.
Os ativos dos países emergentes ainda operam sobre pressão. Neste momento, as
bolsas e as commodities apresentam leves movimentos de queda ao redor do mundo.
No
Brasil, mesmo que estejamos seguindo o humor global a risco, nos últimos dias,
a postura do BCB em prover liquidez ao mercado com os swaps cambiais, e os
leilões de recompra de títulos pelo Tesouro, está ajudando o BRL e o mercado de
juros a apresentarem desempenho relativo mais positivo do que seus pares. Veremos
se esta postura será suficiente para conter a volatilidade dos mercados em um
ambiente de continuidade de abertura de taxas de juros nos EUA.
Nossa
análise quantitativa e qualitativa dos fundos locais mostra uma melhora no
quadro técnico do mercado, com vários fundos reduzindo drasticamente suas
posições. A posição técnica ainda requer certo cuidado, mas certamente está
melhor do que no final da semana passada e começo desta semana.
EUA - Ontem, o Core CPI apresentou alta de
0,1% MoM, abaixo das expectativas do mercado, mas com um Jobless Claims
extremamente robusto, no menor patamar em mais de 40 anos. Os sinais da
economia do país são de continuidade no processo de fechamento do hiato do
produto, com perspectivas de aumento das pressões inflacionárias ao longo do
tempo.
No
Congresso, Yellen afirmou que pretende cumprir seu mandato a frente do Fed até
2018. Em termos de política monetária, manteve o tom do discurso que vem sendo
utilizado pela maioria dos integrantes da instituição nos últimos dias, ou
seja, uma alta de juros no FOMC de dezembro parece inevitável (e já
praticamente precificada pelo mercado). As altas depois disso dependerão do
cenário econômico. Por ora, ainda parece cedo para reagir a uma eventual
política fiscal mais expansionista, já que ainda não existe um “novo” plano econômico
de governo aprovado.
México – O Banxico elevou as taxas de juros em
50bps ontem, dentro das expectativas do mercado. Alguns players esperavam uma
alta ainda mais agressiva, o que acabou afetando um pouco a dinâmica do MXN,
com uma nova rodada de pressão sobre a moeda.
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