Brasil: Pioram as perspectivas de crescimento.

Os ativos de risco estão mantendo as tendências que vem sendo regra desde a vitória de Trump nas eleições dos EUA, ou seja, o dólar continua a se fortalecer ao redor do mundo, sustentado por uma abertura de taxas de juros no país. As bolsas e as commodities metálicas operam em alta, com alguma pressão sobre os ativos emergentes.

Brasil – Os jornais dos últimos dias estão dando grande enfoque a piora nas perspectivas de crescimento do país, não apenas para este final de ano como, agora, com riscos crescentes para 2017. Além disso, a crise financeira dos Estados também chama a atenção.

Como temos discutido neste fórum, trabalhamos com um cenário de recuperação lenta e gradual da economia. Não vemos, hoje, condições do país crescer mais de 1% em 2017, com riscos claramente para baixo. No curto-prazo, o único pilar mais óbvio para o crescimento seria um recuo das taxas de juros. Em matéria do Valor, se discute, inclusive, como a vitória de Trump levou a um aperto das condições financeiras locais, o que seria mais um “vento contrário” ao crescimento do país.

China – Os dados de atividade econômica ficaram abaixo das expectativas do mercado em outubro, mas confirmaram um cenário de estabilização do crescimento. Eu mantenho minha visão de que o cenário central é de estabilização do crescimento chinês no curto-prazo, o que pode dar um falso senso de tranquilidade para o cenário. Contudo, não vejo este cenário para a China como sustentável. Espero uma nova rodada de desaceleração da economia nos próximos 3 a 6 meses, a despeito de um cenário mais construtivo no curtíssimo-prazo (talvez até o início de 2017). Abaixo, segue um resumo dos números divugados esta noite, cortesia da Goldman Sachs:

·          Industrial production (IP): +6.1% yoy in October (GS forecast: +6.2% yoy, Bloomberg consensus: +6.2%); +4.1% month-over-month annualized, seasonally adjusted by GS. September: +6.1% yoy, +2.3% mom ann. (NBS seasonal adjustment showed IP month-over-month non annualized growth at 0.50%, higher than 0.46% in September)
·          Retail sales: +10.0% yoy in October (GS: +10.9%, consensus: +10.7%); September: +10.7% yoy.Fixed asset investment (FAI): +8.3% ytd yoy in October (GS: +8.3%, consensus: +8.2%); October single month yoy: +9.1%. September yoy: +8.8%.
·          Floor space sold: +26.4% yoy in October, vs. +34.0% in September (value of sales +40.1% yoy, vs. +56.1% yoy in September).
·          Floor area under construction: +3.3% yoy in October, vs. +3.2% yoy in September.
·          New starts: +19.9% yoy in October, vs. -19.4% in September.
·          Real estate investment: +13.5% yoy in October, vs. 8.4% yoy in September.


Japão – O PIB do terceiro trimestre do ano apresentou alta de 2,2% QoQ anualizado, muito acima das expectativas de 0,8% QoQ Anual. As exportações forem o grande destaque de contribuição positiva para o indicador.

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