Brasil: Delação da Odebrecht.
Em um
dia de feriado nos EUA, sem novidades relevantes durante a noite, os ativos de
risco operam em torno da estabilidade essa manhã. Destaque apenas para um leve
movimento de dólar forte no mundo, sustentado por uma pequena abertura das
taxas futuras de juros nos EUA. Espero um dia de baixíssima liquidez dos
mercados financeiros globais.
No
Brasil, os jornais estão dando destaque para a possível assinatura da delação
premiada da Odebrecht e de seus executivos. Especula-se que entre 130 e 200
políticos estejam envolvidos, dos mais diversos partidos políticos e esferas
governamentais. O processo de coleta de dados e de testemunhos deverá durar
cerca de 3 a 4 meses. Após este período, a documentação será encaminhada a PGR
e, posteriormente, o Ministro do STF Teori Zavascki terá a responsabilidade de
abrir (ou não) inquérito em torno de cada um dos temas e investigados.
O
processo será longo. Diversos políticos da base aliada serão, provavelmente,
levados ao centro das investigações. Há riscos de que o nome do atual
presidente seja mencionado. Existe a possibilidade que turbulências pontuais
afetarem a cena política. No meu cenário base, o atual governo pode vir a
perder alguns ministros e/ou apoiadores importantes no Congresso. Contudo,
Temer me parece ter habilidade suficiente para administrar os obstáculos que se
avizinham. O maior risco, neste momento, seriam provas concretas contra o atual
presidente da república.
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