Risk-Off
A terça-feira foi de desempenho positivo para os mercados na Ásia. As bolsas da China apresentaram o terceiro dia consecutivo de alta, com a moeda do país novamente estável. Contudo, as bolsas da Europa e dos EUA estão abrindo a manhã sobre forte pressão. Eu não vi nenhum motivo claro para o movimento negativo desta manhã, o que me faz crer que os mercados ainda estão digerindo uma mensagem que parece confusa por parte do Fed na decisão do FOMC e nos dias subsequentes a decisão. Os ativos de risco parecem estar operando em alguns ranges um pouco mais curtos, sem tendências claras definidas de curto-prazo. A despeito de ainda ver um cenário econômico global relativamente saudável, existem sinais claros de fragilidade nos mercados financeiros globais que não podem ser ignorados.
Na agenda do dia, destaque para o IPCA-15 e para os dados de contas externas no Brasil. A agenda nos EUA será esvaziada, assim como foi na Europa e na Ásia.
Brasil – O BCB nomeou Altamir Lopes para o lugar de Luiz Awazu na diretoria da instituição. O quadro político continua delicado. O PMDB parece ter sinalizado ao governo que não pretende indicar aliados para cargos de confiança na reforma ministerial que será promovida nos próximos dias. Este aceno está sendo lido pelo Planalto como uma indicação de que o partido (PMDB) está abandonando, de uma vez por todas, a base aliada do governo Dilma. Este abandono seria feito de uma maneira suave, sem uma ruptura velada, mas através de pequenos gestos de afastamento do núcleo centra do governo. O país continua em uma situação extremamente delicada no tocante a sua governabilidade. Nos próximos dias, será importante acompanharmos a postura do congresso em importantes votações nas suas Casas (Câmara e Senado), assim como os avanços da Operação Lava-Jato. Por hora, o governo parece incapaz de reagir já que se encontra sem apoio político. O Brasil parece seguir o caminho de uma ingovernabilidade quase que total.
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