Correction Mood...
Mercados:
Os ativos de risco
apresentaram ontem um dia de realização de lucros, com destaque para o dólar
forte e a queda das bolsas globais. Hoje pela manhã, vemos mais sinais, um
pouco menos acentuados, de pressões negativas, com uma queda adicional das
bolsas ao redor do mundo, mas o dólar mais misto.
No Brasil, os ativos
locais foram capazes de se descolar do movimento global, com bom desempenho do
Ibovespa e da curva de juros. Acredito que dois vetores ajudaram este
descolamento: Primeiro, o acumulo de sinais que mostram a recuperação cíclica
da economia, cada vez mais espalhada e consolidada. Em segundo lugar, o amplo
apoio do Congresso a intervenção na área de segurança do estado do Rio de
Janeiro, que mostra um apoio amplo a um pauta de maior interesse da sociedade. Este
apoio indica disposição para a provação de algumas medidas, com apoio popular,
que ainda podem ser positivas para o país em termos econômicos e sociais.
Nesta linha, a
colocação do PL da Eletrobrás, com sua privatização em pauta, voltando à
agenda, as ações da empresa apresentaram forte elevação, ajudando as demais
estatais na bolsa.
Agenda:
Na agenda do dia,
destaque absoluto para as Minutas do FOMC nos EUA. Ontem, tivemos o leilão de
mais de US$165bi de T-Bills. Hoje teremos o leilão de Notes e amanhã de Bonds.
Será importante monitorar a demanda por esses papéis em um momento de aumento
de oferta e redução de balanço do Fed.
Visão:
Mantenho a visão de
que estamos em uma fase próxima ao final do ciclo econômico nos EUA, momento em
que a inflação começa a aparecer. Tenho dúvidas, contudo, se o ciclo é capaz de
durar mais 3 a 6 meses, ou mais 12 a 18 meses. Por isso, tenho favorecido um
portfólio mais neutro, com a busca constante por hedges e posições
descorrelacionadas. Não acredito que seja o momento de manter posições
direcionais elevadas na parcela (Longo Risk, Long Risk-On) tampouco seja o
momento de manter um portfólio mais “Short Risk”/”Long Risk-Off”.
Mantenho um pequeno
portfólio comprado em NTN-B e Bolsa no Brasil. Venho mantendo postura tática no
BRL, buscando a venda do dólar em momentos específicos e via estruturas de
opção com perdas limitadas. No portfólio externo, nossa posição “core” ainda é
tomada em juros longos nos EUA. Estamos taticamente vendidos em AUD e em
S&P via opção. Estamos de olho para retornar a posição comprada em JPY que
foi taticamente zerada após o carnaval.
Dados econômicos:
N Coréia do Sul – uma economia
bastante aberta com fluxo de comércio elevado – cujos dados de exportações são
vistos como uma proxy para o
crescimento global, observamos uma leve desaceleração das exportações nos
primeiros 20 dias de fevereiro. O número não aponta para uma mudança drástica
de cenário, mas para uma desaceleração, para uma acomodação, gradaul, pontual e
normal do crescimento. Segundo a Goldman Sachs:
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Na Austrália,
obervamos uma desaceleração dos investimentos, a despeito de dados de salários
levemente acima das expectativas. Os números de hoje não alteraram a posição do
RBA (BC do país) que vem sinalizando para a manutenção da política monetária no
horizonte relevante de tempo. De acordo com o Morgan Stanley:
Wage growth ticks up, still
subdued: Wages increased 0.6% in the
quarter (0.552% unrounded), staying within the 0.4%-0.6% range it has held
since mid-2014. There has been some sequential strengthening however, and
annual growth has ticked up to 2.1%. The increase in the quarter looks to have been
driven by the public sector where growth increased to 0.6%qoq (private was flat
at 0.5%qoq). The healthcare industry had the largest wage growth (2.8%yoy),
while wages in retail remain subdued (1.6%yoy). This result doesn't change our
expectation of unchanged RBA policy rate for 2018, given wage growth remains
subdued and the unemployment rate (5.5%) is well above the level the RBA thinks
is needed to see a sustained pickup in wage growth (<5.0%).
Dwelling, government
construction declined: The large quarterly decline
in the headline construction work done data for 4Q17 (-19.4%qoq) was mainly
driven by the completion of LNG projects, which boosted engineering
construction the previous two quarters (see Exhibit 2). Abstracting from this
effect, dwelling investment looks to have continued to decline, falling
-2.4%qoq (-5.5%yoy) in real terms. Government construction also unexpectedly
declined -2.1%qoq, but has been strong over the past year (+12.5%yoy). On the
other hand, non-residential building grew 3.4%qoq and, excluding WA,
engineering was up 2.3%qoq.
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