Dia de feriado nos EUA. Humor segue mais positivo.

Hoje é dia de feriado nos EUA. Assim, a liquidez do dia ficará prejudicada. Não olharia a dinâmica dos ativos de risco nesta segunda-feira como nenhuma indicação concreta, pois os mercados ficarão a mercê de fluxos pontuais. A agenda do dia será esvaziada.

Não vejo mudanças substancias do cenário base. Para não soar repetitivo em tudo aquilo que tenho escrito nos últimos dias, deixou aqui o link de meus últimos comentários: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/02/quadro-tecnico-mais-saudavel-cenario.html e https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/02/brasil-em-foco.html.
 Neste momento, os mercados financeiros globais operam em tom positivo, mas sem movimentações relevantes. As bolsas globais seguem a tendência de alta que foi regra na última semana, o dólar se mostra um pouco mais misto (assim como as acommodities). Os juros no mundo desenvolvido apresentam leve abertura de taxas.

Ao longo da semana, nos EUA, o destaque ficará por conta das Minutas do FOMC e de um calendário bastante agressivo de emissões de títulos públicos, com cerca de US$250 bilhões agendados, entre T-Bills, Notes e Bonds.

No Brasil, enquanto não há mudanças substanciais de cenário, a mídia continua focada nas especulações em torno do pleito eleitoral de outubro, assim como na repercussão da intervenção federal no sistema de segurança do Rio de Janeiro. Por ora, nenhum deles apresenta mudanças significativas para os mercados locais no curto-prazo, a despeito da importância econômica e social para a sociedade a longo-prazo.

No Valor Econômico, Ribamar Oliveira afirma que a arrecadação federal de janeiro apresentou forte recuperação. Se confirmado o artigo, o número estará em linha com a minha tese que até mesmo o quadro fiscal cíclico, de curto-prazo, apresenta um cenário mais positivo, assim como as demais variáveis do país. Isso não significa que as reformas não sejam essenciais a longo-prazo, mas que a classe política ganhou um alento de curto-prazo, ajudada pela recuperação extremamente positiva “na ponta” da economia. Segundo o artigo:

Em meio ao turbilhão político criado pela intervenção federal no Rio de Janeiro, o governo recebeu pelo menos uma boa notícia na semana passada: a receita tributária apresentou forte alta em janeiro. Dados preliminares indicam que a arrecadação de tributos administrados pela Receita Federal (excluída a contribuição para a Previdência Social) superou R$ 102 bilhões, de acordo com o Siafi, sistema eletrônico que registra as despesas e receitas do governo federal.
Houve aumento real na comparação com o arrecadado no mesmo mês do ano passado, segundo fontes consultadas pelo Valor.
O resultado é considerado muito importante pela área técnica porque janeiro é o mês de arrecadação tributária mais forte, em virtude do ajuste anual do Imposto de Renda feito pelas pessoas jurídicas. As fontes informaram que ocorreu também arrecadação expressiva dos diversos programas de parcelamento de débitos tributários, os chamados Refis. Os tributos diretamente relacionados à atividade econômica, como PIS e Cofins, também apresentaram aumento expressivo, fruto da retomada da economia.
Houve aumento também das chamadas receitas não administradas, principalmente da arrecadação com royalties. Nesse caso, o destaque ficou por conta dos royalties do petróleo, que cresceram muito na comparação com o mesmo mês de 2017. O excelente resultado da arrecadação tranquiliza o governo sobre o cumprimento da meta fiscal deste ano.



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