US Strikes Backs...
Os
ativos de risco tiveram uma noite movimentada. Os EUA realizaram ataques militares estratégicos, pontuais e localizados,
em alvos militares na Síria. O
anuncio dos ataques afetou o humor global a risco, com um rápido e acentuado
movimento de “risk-off” no meio da
madrugada. Desde então, contudo, os mercados financeiros globais apresentaram
recuperação importante. Os ativos de risco ainda apresentam movimentos
negativos, mas muito menos intensos do que aqueles verificados na madrugada.
A Síria é um país economicamente
irrelevante, que convive com uma guerra civil há vários anos. Os ataques norte
americanos foram uma resposta às evidências que o governo de Assad teria utilizado
armas químicas contra civis. A guerra no país é um desastre humanitário, mas de
pouco impacto para os ativos de risco. Contudo, EUA e Rússia adotam postura
estratégica antagônica neste embate, com os EUA apoiando os dissidentes, e a Rússia
apoiando o governo de Assad, ainda no poder. É apenas por isso que os ataques
de hoje ganham relevância, pela incerteza de como ficará a relação entre EUA e
Rússia, em uma fase preliminar de um Governo Trump ainda permeado por
incertezas.
Em uma
nota positiva, por outro lado, o primeiro encontro entre Trump (EUA) e Xi
(China) foi marcado por trocas de palavras amistosas.
No Brasil, os jornais continuam
repercutindo os avanços (ou a falta deles) no tocante a Reforma da Previdência.
Não existem novidades muito relevantes. O Governo parece ter iniciado, apenas
nos últimos 2 a 3 dias, uma campanha mais agressiva de comunicação junto à base
aliada e a população, o que tem causado ruídos maiores. Vejo estes ruídos como
naturais, parte do processo democrático. É verdade que algumas concessões estão
sendo feitas, e a Reforma não será da maneira transformacional como a proposta
inicial (será a melhor possível), mas as concessões serão importantes para que
a essência do texto original seja mantida, e uma Reforma satisfatória acabe
aprovada.
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